sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Tiros em Columbine, filme completo


Tiros em Columbine, filme completo - Famoso documentário que aborda a questão da violência nos Estados Unidos. Por que 11 mil pessoas morrem a cada ano nos Estados Unidos vítimas de armas de fogo ? Os " cabeças falantes " grito da tela da televisão e culpando Satanás jogos e vídeo. Mas, o que os Estados Unidos difere de outros países? Por que os Estados Unidos tornou-se responsável e vítima desse tipo de violência? " Bowling for Columbine " é um filme sobre o controle da venda de armas, é um filme sobre o medo de 280 milhões de americanos que se sentem mais seguros sabendo que a posse de armas é um direito consagrado na Constituição. Neste estudo incisivo e tragicômico da violência e sua relação com armas de fogo são personalidades como Charlton Heston, George W. Bush e Marilyn Manson. Ele ganhou vários prêmios de Melhor Documentário EUA, entre eles o prestigiado National Board of Review e os Chicago Film Critics Awards, bem como o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro de corrida filmes - em Cesars da Academia Francesa de Cinema.

Artigo de Camila Petribú sobre o Tiros em Columbine e Michael Moore, extraído de seu blog

Texto reflexivo sobre o documentário “Tiros em Columbine”
Assisti a Tiros em Columbine pela primeira vez em 2011, quando cursava a oitava série do Ensino Fundamental. Na disciplina de Geografia, estudávamos o poder estadunidense nos cenários econômico, bélico, político e social e, não nego: Michael Moore, documentarista americano, me conquistou logo nos primeiros minutos de filme. A facilidade com a qual se adquirem armas nos EUA é assustadora, conforme mostra o cineasta. Em uma ida ao banco, em um dia qualquer, você abre uma conta e, pasmem, ganha uma arma. Simples assim. Sem grandes burocracias.
Acredito que Moore é um amante ou, ao menos, estudioso da filosofia de Sócrates. Ele sabe bem usar a maiêutica socrática, ou seja, domina, com maestria, a arte de dar luz a ideias. É irônico, no sentido filosófico, ao perguntar fingindo não saber e, também, na forma na qual é atribuída a ironia atualmente: usa palavras opostas, de significado antagônico, e pergunta o óbvio. Chega a ser cômica, para não dizer “trágica”, a forma como questiona ainda no banco, ao receber a arma: “Não é um bocado perigoso darem armas dentro de um banco?”. Moore, pergunta da mesma maneira que Stela Guedes, no livro “Sobre Entrevistas”, diz que um jornalista deve perguntar: como uma criança. Não “perguntar por perguntar”, para, simplesmente, cumprir-se uma tabela, mas, sim, perguntar para, realmente, querer saber da resposta.
Moore não se preocupa, apenas, com dados e informações que satisfaçam um simples lead jornalístico. Ele se importa com o “por trás” do massacre na escola de Columbine e quer dar voz a todos os envolvidos. Quer entender a história não só dos jovens que cometeram o crime ou das famílias que perderam adolescentes na chacina, Michael Moore quer entender como a história de cada um, dos Estados Unidos, do comércio e da mídia podem ajudar a compreender o que ali aconteceu.
Tiros em Columbine me fez lembrar do projeto experimental de Thaysa Oliveira e Isabela Alves, estudantes de Jornalismo da Unicap. O documentário das meninas, “Quem puxou o gatilho?”, mostra que, em situações como suicídios, chacinas ou atos terroristas, o “puxar” o gatilho envolve muito mais gente do que aquele indivíduo que provocou o acidente ou a morte de uma ou mais pessoas. A cultura armamentista estadunidense, vista pelos cidadãos como algo necessário para garantir a segurança dos lares e das famílias, pode ter sido, então, a principal responsável por “puxar” o gatilho tanto em Columbine como em diversos outros crimes causados por armas de fogo. Entre ironias e maiêuticas, Moore faz com que seus entrevistados reconheçam, muitas vezes, a própria ignorância e questionem, de fato, quem puxou o gatilho em Columbine.
Assistam ao documentário “Tiros em Columbine”, de Michael Moore.
Artigo de Camila Petribú ao Chá das quatros 
FONTE: http://chadasquatro.com.br/quem-puxou-o-gatilho-em-columbine/#more-337


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