José Maria de Almeida é dirigente nacional do PSTU Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Notícia publicada hoje (15) na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/11/1935512-trabalhador-teria-de-contribuir-44-anos-para-ter-teto-da-aposentadoria.shtml),
mostra claramente que o governo está avançando na preparação para votar a sua
reforma da previdência. E, diferente do que a campanha publicitária de temer
quer fazer crer, a proposta do governo não tem nada de “desidratada”. Trata-se
de um ataque gravíssimo ao direito à aposentadoria, uma proposta que não tem
nada para ser negociada, precisa ser rechaçada em seu conjunto.
Apesar do desgaste junto à população, que gera esta
discussão neste momento, o governo e o Congresso Nacional insistem nela por
exigência do sistema financeiro, dos bancos, e das grandes corporações
econômicas. Eles ligaram um “dane-se” para o que pensa o povo brasileiro e
estão focados apenas no apoio da grande mídia e do grande patronato para se
reelegerem ano que vem. Ao contrário do que indicaria a lógica política, eles
devem sim, levar a voto a proposta até o final deste ano.
O desafio que isso coloca para a classe trabalhadora e suas
organizações é evidente. Neste ano tivemos vários momentos importantes de
mobilização e, em todos eles a nossa classe deu mostras de que tem disposição
de ir à luta para defender seus direitos. O que faltou em alguns momentos, na
minha avaliação, foi uma postura mais firme das grandes organizações sindicais,
das Centrais Sindicais.
Mas, independentemente das avaliações que cada setor faz
deste processo, creio que é algo comum a todos o entendimento de que há
disposição da classe trabalhadora de lutar para defender a sua aposentadoria, e
de que há apoio na sociedade à esta luta. Ou seja, de que há condições para
organizarmos uma Greve Geral no país para impedir a aprovação da reforma das
aposentadorias.
E esta é, sem dúvida, a única forma de impedirmos a
aprovação desta reforma neste momento. Se levamos o povo para as ruas, paramos
o país – por um dia que seja – elevamos o patamar da crise política o que
deverá inviabilizar as condições para que este congresso vote a reforma. As
condições estão dadas, depende agora do que fizermos ou deixarmos de fazer.
As centrais sindicais divulgaram nota, depois das
manifestações de 10 de novembro anunciando que chamariam uma paralisação
nacional caso o governo colocasse em votação a reforma. Isso é importante. Mas
não basta. É preciso preparar a Greve Geral, senão ela não sai. Todos somos
dirigentes sindicais e sabemos que, quando queremos parar uma fábrica, temos de
fazer assembleia, discutir com os trabalhadores a greve, mostrar as razões do
movimento e a importância de ele acontecer.
O mesmo precisamos fazer para preparar a Greve Geral.
Precisamos de material de divulgação, convocando a greve e mostrando suas
razões. Precisamos – desde já – convocar plenárias nos estados e regiões para
organizar o movimento, orientar a que todos os sindicatos realizem assembleias
e votem a greve. Precisamos tomar iniciativas junto à sociedade para
neutralizar minimamente a campanha da grande mídia a favor da reforma.
São tarefas para ontem. Nós, dirigentes, não podemos alegar
desconhecimento sobre o que está acontecendo. Se o governo está pondo para
andar a sua reforma da previdência, temos de colocar nas ruas a preparação da
nossa Greve Geral. Já!
*Zé Maria, metalúrgico, dirigente da CSP-Conlutas e
presidente nacional do PSTU
Vcs só gostam da baderna. Tantos anos apoiando esses governos de esquerda corruptos e deu no que deu.
ResponderExcluirO interesse dos dirigentes sindicais é apenas um: continuarem mamando nas tetas dos trabalhadores e se sustentarem no poder.