quinta-feira, 30 de março de 2017

Rodrigo Maia tentar aprovar na surdina cobrança nas universidades públicas

Câmara arquiva PEC que aprova cobrança por cursos em universidades públicas

Eram necessários 308 votos para a aprovação da matéria em 2º turno na Câmara, mas 304 parlamentares se posicionaram e 139, contra

Brasília - A proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/14, que permitiria às universidades cobrarem por cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), de extensão e de mestrado profissional foi arquivada. Eram necessários 308 votos para a a aprovação da matéria em segundo turno na Câmara dos Deputados, mas 304 parlamentares se posicionaram e 139, contra.
O texto já havia passado pela Câmara em primeiro turno alterava o artigo 206 da Constituição Federal, que determina a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. Na ocasião, os deputados aprovaram um substitutivo do deputado Cléber Verde (PRB-MA), que alterou a proposta inicial para incluir o mestrado profissional como passível de cobrança. O tema foi o principal ponto de polêmica entre os deputados. Parte da base aliada defendeu a medida e a oposição contestou os argumentos dos governistas, alegando que a proposta poderia levar à privatização do ensino público.
Antes da rejeição da PEC, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) negou a intenção de privatizar o ensino público. Para o deputado a iniciativa iria suprir uma demanda do mercado por cursos de especialização. “A modernização do sistema produtivo cria demandas pontuais por cursos de pós-graduação lato sensu. As universidades públicas têm quadros preparados para prestar esse serviço ao futuro do país e não conseguem porque a legislação não permite”, sustentou.
O líder do PSOL, deputado Glauber Braga (RJ), disse que a cobrança de mensalidades flexibiliza o direito à educação assegurado na Constituição e que a medida poderia acabar sendo estendida para outras etapas de ensino. “Onde a gente vai parar? Primeiro é a vírgula da pós-graduação, depois a graduação e depois a educação básica”, disse.
FONTE:  O DIA 

quarta-feira, 29 de março de 2017

A PREFEITURA DE SALVADOR ESTÁ SENDO USADA PARA ACOMODAÇÕES PARTIDÁRIA E O MP IGNORA

Candidato derrotado em Lauro ganha cargo na gestão de ACM Neto


O ex-vereador e candidato à prefeitura de Lauro de Freitas, Mateus Reis (PSDB), foi nomeado para o cargo de gerente regional da Educação de Salvador.  O tucano será responsável por cerca de 60 escolas municipais de bairros mais próximas a Lauro de Freitas, como Imbui, Costa Azul, Boca do Rio, Pituaçu, Piatã , bairro da Paz, Itapuã, Abaeté, Mussurunga, São Cristóvão, Ipitanga, Parque São Cristóvão, Cassange, Pedreira, Cia Nova Esperança, Campo Verde e outros.
 
Nas eleições municipais do ano passado, ACM Neto apoiou Mateus Reis do PSDB e o vice Gustavo Ferraz [na foto abaixo], mesmo o com o Democratas, partido do prefeito, ter tido candidato próprio, Chico Franco (DEM). 
 
Nas redes sociais, Mateus Reis comunicou o novo cargo. 
 
Meus amigos e amigas,
 
Comunico oficialmente a todos vocês, que fui nomeado para o cargo de Gerente Regional da Educação no município de Salvador. Ao longo dos próximos anos estarei desempenhando essa função, de extrema responsabilidade, que me foi confiada pelo prefeito ACM Neto.
 
Estarei de perto, administrando e acompanhando o bom funcionamento das 60 escolas nos diversos bairros da capital baiana, entre eles Imbui, Costa Azul, Boca do Rio, Pituaçu, Piatã , bairro da Paz, Itapuã, Abaeté, Mussurunga, São Cristóvão, Ipitanga, Parque São Cristóvão, Cassange, Pedreira, Cia Nova Esperança, Campo Verde e outros. Não será uma missão fácil, pois sabemos que a educação é um dos principais pilares para o desenvolvimento da nossa sociedade, porém, estarei empenhado, com muita responsabilidade e compromisso, em vista de conquistarmos ainda mais avanços e garantirmos uma boa formação as nossas crianças e jovens.
 
Aqui manifesto minha gratidão à Deus, por sempre conduzir meus passos, ao prefeito e amigo ACM Neto, a meus líderes políticos que me acompanham e depositam sua confiança em mim, e a todos os amigos e conterrâneos de Lauro de Freitas, que me acompanham. Aproveito para reafirmar meu compromisso com a nossa cidade e recordar que a caminhada continua. Acompanhar de perto e fazer parte de um modelo de gestão eficiente, será além de uma grande experiência enquanto gestor, uma oportunidade de demonstrar a nossa competência.

FONTE: BOCÃO NEWS

A CIDADE DE SALVADOR É A BOQUINHA DOS ALIADOS DO PREFEITO DE SALVADOR NO INTERIOR, A PREFEITURA DE SALVADOR  O POVO DE SALVADOR SUSTENTA UM PROJETO POLITICO NÃO É ATOA QUE COM A PREFEITURA DE SALVADOR O PREFEITO ACM O NETO CONSEGUE COLOCAR OS CANDIDATOS DERROTADOS, ESTÁ TODO MUNDO NA BOCA DA PREFEITURA DE SALVADOR SE FIZER UMA RELAÇÃO O POVO DE SALVADOR VAI VER QUE ESTÁ PAGANDO IMPOSTOS PARA SUSTENTAR UM PROJETO POLITICO, INFELIZMENTE A IMAGEM ABAIXO SERIA O REFLEXO DO QUE É HOJE A PREFEITURA DE SALVADOR.


Hoje é aniversário das cidades de Barrocas, Luis Eduardo Magalhães e São Francisco do Conde!


Parabéns a cidade de Barrocas!



Parabéns a cidade de Luis Eduardo Magalhães!


Parabéns a cidade de São Francisco do Conde!

Clodoaldo Silva se filia ao PSOL



O nadador Clodoaldo Silva, dono de 13 medalhas olímpicas e 19 pan-americanas de natação, entrou para as fileiras do PSOL nesta segunda-feira (27/03) – acompanhando a também nadadora Joanna Maranhão, que se filiou recentemente.
Clodoaldo conquistou seis medalhas de ouro na Paralimpíada de Atenas, em 2004, tendo sido considerado em 2005 o melhor atleta paralímpico do mundo. Além disso, das 19 medalhas obtidas nas suas três participações em jogos Parapan-Americanos, foram 13 de ouro conquistadas.
Bem-vindo, Clodoaldo!
Sua entrada no PSOL foi recebida por Marcelo Freixo no gabinete do deputado, no Rio de Janeiro.
FONTE: SITE PSOL

Parabéns a cidade de Salvador


terça-feira, 28 de março de 2017

Prefeitura de Porto Alegre quer que políticos do PSOL paguem prejuízo de empresas de ônibus

Prefeitura de Porto Alegre quer que políticos do PSOL paguem prejuízo de empresas de ônibus

Prejuízo teria como causa uma ação judicial movida pelo PSOL em 2016 para barrar aumento da passagem.(Foto: Guilherme Santos/Sul21)


“Esta ação do governo Marchezan é a coisa mais surreal e absurda que já vi nos últimos anos. PSDB advogando para defender empresários de ônibus”. Essa foi a reação da vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) ao comentar a decisão da Prefeitura de Porto Alegre que entrou na Justiça contra cinco lideranças do partido no Rio Grande do Sul – Luciana Genro, Fernanda Melchionna, Pedro Ruas, Alex Fraga e Roberto Robaina – querendo que elas sejam responsabilizados por um prejuízo de R$ 5 milhões que teria sido causado às empresas de ônibus da capital gaúcha no ano passado. Esse prejuízo teria como causa uma ação judicial movida pelo PSOL que congelou a tarifa em R$ 3,25 por um período de 33 dias, até entrar em vigor o novo aumento que elevou o preço da passagem para R$ 3,75.
Esta ação do governo Marchezan é a coisa mais surreal e absurda que já vi nos últimos anos.PSDB advogando p. defender empresários de ônibus https://twitter.com/kellymatos/status/846475685413769216 
Em dezembro de 2016, dois consórcios de ônibus de Porto Alegre entraram na Justiça cobrando que a Prefeitura pagasse os prejuízos que teriam sido causados pelo congelamento de 33 dias do preço da passagem. A Procuradoria Geral do Município entrou, então, com uma ação contra os políticos do PSOL, querendo que eles “paguem a conta” para as empresas.
O vereador Roberto Robaina disse que o prefeito Nelson Marchezan Jr. quer processar o PSOL para defender os empresários. “A prefeitura dirigida por Marchezan declarou que vai entrar na justiça contra o PSOL para que os seus líderes paguem para os empresários os cinco milhões que os patrões privados dos transportes de ônibus alegam terem perdido quando conquistamos por algumas semanas, no ano passado, o congelamento das tarifas”. Para Robaina, a medida representa “luta de classes pura”: “o governo a serviço dos patrões x nossa posição em defesa dos interesses dos trabalhadores”. Em nota publicada em sua página no Facebook, o vereador acrescentou:

“Não temos medo de ações judiciais do PSDB. Já enfrentamos o governo corrupto de Yeda Crusius do PSDB. Não hesitamos em enfrentar o PSDB novamente, agora o governo Marchezan, que assume neste caso os interesses diretos de uma patronal que atuou durante décadas na ilegalidade. Foi a Justiça que nos deu ganho de causa quando denunciamos a ilegalidade dos aumentos”.
FONTE: SUL21

segunda-feira, 27 de março de 2017

Parabéns a cidade de Ouriçangas fazendo aniversário hoje


PSOL foi o partido de esquerda que mais cresceu nas eleições de 2016

PSOL cresce nas eleições e tenta ser alternativa da esquerda ao PT


               Marcelo Freixo, candidato do PSOL que concorre à Prefeitura do Rio


Em meio a uma crise da mais tradicional liderança partidária da esquerda, o PT –que elegeu 256 prefeitos neste domingo (2), ante 644 quatro anos atrás–, o PSOL busca se firmar no pleito deste ano como sigla alternativa nesse campo político.
Nas capitais, a sigla petista lançou nomes em 19 cidades e obteve mais de 10% dos votos em 7 delas (ganhou uma no primeiro turno, Rio Branco, e só em outra, Recife, terá representante no segundo turno).
O PSOL, com estrutura bem menor, superou 10% dos votos em 5 das 22 capitais em que concorreu –está no segundo turno em duas, Belém e Rio de Janeiro.
O partido já garantiu duas prefeituras (Janduís e Jaçanã, ambas no Rio Grande do Norte), mesmo número de 2012, e disputa o segundo turno em Sorocaba, além das duas capitais.
Zé Bezerra, eleito com 55% dos votos, já fora prefeito de Janduís entre 1989 e 1992 pelo PT. Ele e um grupo de petistas tradicionais na cidade migraram para o PSOL há cerca de dois anos.
O PT terá candidatos na segunda rodada em sete municípios.
Em relação aos vereadores, o PSOL passou de 49 eleitos em 2012 para 53 neste ano. O crescimento tímido, porém, veio com a sigla tendo o parlamentar mais votado em capitais como Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre (Marinor Brito, Áurea Carolina e Fernanda Melchionna, respectivamente).
Juliano Medeiros, presidente da fundação Lauro Campos, ligada ao PSOL, disse que o sucesso das três vereadoras se deve ao "engajamento da militância do PSOL pelos direitos das mulheres".
O partido também foi um dos que capitanearam a campanha pela redução no voto em legenda para as Câmaras –uma mudança na regra eleitoral passou a exigir um piso de votos nominais para a eleição de vereadores.
No Rio, por exemplo, a proporção de votos na legenda para a coligação PSOL-PCB passou de 50% em 2012 para 12% neste ano –nesse processo, a sigla passou de quatro para seis representantes.
A avaliação de dirigentes do partido, no entanto, é de que o desempenho nacional foi "uma vitória dentro de uma grande derrota", em referência ao crescimento de siglas que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff.
"Ter ampliado nosso tamanho é um feito. Os partidos conservadores estavam na ofensiva, eles retomaram o protagonismo após o impeachment", disse à Folha.
"Para a esquerda como um todo foi ruim, mas o PSOL não sai derrotado, até cresceu em números absolutos", diz Pedro Ekman, marqueteiro responsável pela campanha de Edmilson Rodrigues em Belém e de Luiza Erundina em São Paulo. "Somos um oásis no avanço rápido da direita."
A vereadora Marinor Brito, reeleita em Belém, faz o seguinte balanço do PSOL até aqui nesta eleição: "A estrada que se abria para o crescimento do partido recebeu uma camada de asfalto".
Em São Paulo, o PSOL reelegeu o vereador Toninho Vespoli e garantiu uma cadeira a mais, ocupada por Sâmia Bomfim.

REDE
A Rede Sustentabilidade, fundada pela ex-senadora Marina Silva, teve desempenho tímido nesta eleição.
O partido lançou candidatos em 154 cidades, mas elegeu só cinco prefeitos no primeiro turno –outros três foram ao segundo turno, em Serra (ES), Ponta Grossa (PR) e Macapá, onde Clécio Luís tenta a reeleição. Em grandes capitais, como Rio e São Paulo, os nomes do partido (respectivamente, Alessandro Molon e Ricardo Young) não superaram 1,5% dos votos.
Nas Câmaras, a Rede elegeu 180 vereadores pelo país.

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

sábado, 25 de março de 2017

Cinco deputados estaduais tentam Congresso em 2018

Pelo menos cinco deputados estaduais tentam Congresso em 2018

Há ainda aqueles que, atualmente em Brasília, cogitam trocar a Câmara pela Assembleia Legislativa, entre eles Roberto Britto (PP) e Irmão Lázaro (PSC)



Com a indefinição sobre o sistema de lista fechada para as eleições de 2018 e ainda a um ano e meio do pleito, até o momento poucos deputados estaduais baianos já se movimentam ou demonstraram interesse em disputar uma cadeira na Câmara Federal.
Conforme apurou o bahia.ba, cinco parlamentares da Assembleia Legislativa pretendem concorrer a deputado federal. São eles: o ex-presidente da Casa, Marcelo Nilo (PSL), o líder da oposição, Leur Lomanto Jr (PMDB), Pastor Sargento Isidório (PDT), Adolfo Viana (PSDB) e possivelmente Pablo Barrozo (DEM).
O atual presidente da AL-BA, Ângelo Coronel (PSD), poderia engrossar a lista dos candidatos ao Congresso, já que tem o desejo de lançar o filho Diego Coronel postulante a estadual, no entanto, ele tem dito reiteradas vezes que não disputará nenhum cargo no próximo ano.
Movimento inverso – Há ainda aqueles que, atualmente em Brasília, cogitam concorrer a deputado estadual, entre eles Roberto Britto (PP) e Irmão Lázaro (PSC), que já externou seu desejo em voltar a ter um contato mais direto com suas bases eleitorais.
Lista fechada – Relator da reforma política na Câmara Federal, o deputado Vicente Cândido (PT) é favorável à adoção do sistema de lista fechada a partir de 2018.
Conforme levantamento feito pelo Estado de S. Paulo, porém, a maioria dos deputados que integram o colegiado é contrária. Pelo sistema proposto pelo relator, o eleitor vota no partido e não diretamente nos candidatos, como acontece atualmente.
A legenda com o maior número de votos conseguirá a maior quantidade de cadeiras na Câmara. Caberá às siglas decidirem os primeiros nomes da lista, ou seja, aqueles com mais chance de se eleger.

FONTE: BAHIA.BA

Rússia suspende atividade de Testemunhas de Jeová

Rússia suspende atividade de Testemunhas de Jeová por "extremismo"
Suprema Corte deve decidir em 5 de abril se proíbe prática do culto na Rússia.

Centro de Direção das Testemunhas de Jeová em São Petersburgo, na Rússia (Foto: Reprodução/Google Street View)

O Ministério da Justiça russo suspendeu nesta quinta-feira (23) a atividade da organização Testemunhas de Jeová, acusados de extremismo, à espera de que a Suprema Corte decida em 5 de abril se proíbe definitivamente a prática desse culto no país.
O Centro de Direção das Testemunhas de Jeová na Rússia, que dirige todas as filiais regionais e locais da comunidade religiosa, foi incluído na lista de organizações não governamentais e religiosas que foram suspensas por extremismo, afirma um comunicado do Ministério.
O porta-voz das Testemunhas de Jeová na Rússia, Ivan Belenko, denunciou à Agência Efe que a decisão das autoridades russas privará do direito à liberdade ao culto os 175 mil seguidores que dessa comunidade no país.
Em todos os processos judiciais contra a organização, as autoridades a acusaram de armazenamento e difusão de literatura religiosa de caráter extremista.
"Todas as decisões judiciais contra nós se baseiam em uma única acusação: que alguns de nossos livros e discursos estão na lista de literatura extremista que existe neste país", explicou Belenko.
Belenko afirmou que as decisões de incluir algumas publicações na lista negra "foram tomadas com base em opiniões de falsos especialistas e sentenças judiciais ditadas às costas dos crentes".

FONTE: O GLOBO

VEJA ENTREVISTA COM O DONO DA FRIBOI FEITA POR A BBC PARA ENTENDER OS BASTIDORES DA CORRUPÇÃO

'Só sei quem é o Lulinha por foto na internet’, diz dono da Friboi



Wesley Batista diz que no Brasil há uma dificuldade em aceitar que empresários podem ser bem sucedidos sem a ajuda de padrinhos políticos

A empresa JBS, dona da marca Friboi, há algum tempo já é a maior produtora de carne bovina e a maior processadora de proteína animal do mundo. Mas desde o ano passado, acrescentou mais um título à sua coleção de superlativos. Após um aumento de 30% nas vendas, superou a Vale para se tornar a maior empresa privada do Brasil.
A diversificação geográfica e de produtos explica a resiliência à estagnação da economia brasileira, segundo o presidente da empresa, Wesley Batista. Parte das operações da JBS está nos EUA, o que significa um grande faturamento em dólar. Além disso, se a crise faz o brasileiro deixar de comer carne bovina, impulsiona o consumo de frango – também produzido pela JBS.
Fundada pela família Batista em Anápolis, Goiás, a JBS tem uma história de sucesso incontestável, mas permeada por algumas polêmicas. Hoje, também é a maior doadora de campanha do país, tendo contribuído com mais de R$ 300 milhões só nas eleições de 2014.
Qual o objetivo das doações? "Fazer um Brasil melhor", promete Batista, em entrevista exclusiva à BBC Brasil. Mas se o objetivo é esse, investir em político não é arriscado? "Sem dúvida", admite, acrescentando que o risco "faz parte".
Em uma conversa na sede da empresa, em São Paulo, Batista falou sobre a relação da JBS com o BNDES, a Lava Jato e os rumores de que o filho do ex-presidente Lula, Fábio Luis da Silva, conhecido como Lulinha, seria um sócio oculto de sua empresa. Confira:
BBC Brasil - Pedi para um taxista me trazer na JBS e ele perguntou: A empresa do Lulinha? Qual a origem desses rumores?
Batista - (Risos) Vamos ter de fazer uma reunião com taxistas, porque já ouvi isso de muita gente. Talvez organizar um evento com o sindicato para eles pararem com essa palhaçada. Essa conversa é absurda e sem nexo. É difícil dizer de onde saem (esses rumores). A impressão que temos é que foram plantados em campanhas por adversários políticos (do PT). Parece que foi um site específico…
Mas não é só isso. Nossa empresa tem uma história. Meu pai começou esse negócio do nada, sessenta e poucos anos atrás. Quando (o presidente) Juscelino (Kubitschek) decidiu erguer Brasília, meu pai foi vender carne para as empresas que estavam construindo a cidade em uma precariedade danada. Trabalhou duro, fez uma reputação. E, sem falsa modéstia, somos bem-sucedidos no que fazemos.
Não sei se é um tema cultural, mas se você pesquisar vai achar vários empresários bem-sucedidos acusados de receber ajuda. Parece que no Brasil há uma dificuldade de se reconhecer que alguém pode crescer por ser competente ou por força do seu trabalho - e não por sorte ou porque é testa de ferro ou sócio de alguém.
BBC Brasil - Como assim?
Batista - Há quinze anos, em Goiás, quando éramos muito menores, você ia achar muitos taxistas dizendo que (a JBS, na época Friboi) era do Íris Rezende, que foi governador do Estado várias vezes. Era parecido com essa história do Lulinha. Sempre crescemos muito e as pessoas tinham de achar uma justificativa: "como eu não cresço e o outro cresce?".
Aqui neste lugar (sede da JBS) funcionava o escritório do Bordon, que chegou a ser uma das maiores empresas de carne bovina do Brasil. O Bordon por muitos anos "foi" do Delfim Neto (ex-ministro da Fazenda). Quer dizer, foi enquanto ia bem. Quando começou a ir mal ninguém mais falava que era do Delfim.
Talvez isso (rumores) tomou uma proporção maior pelo tamanho que a empresa ganhou. E em função das redes sociais. Mas o que a JBS tem feito é fruto do trabalho e das pessoas competentes que tem aqui dentro.
BBC Brasil - Como é sua relação com Lula?
Batista - Lula foi presidente por oito anos. Só o encontrei uma vez nesse período, em uma reunião setorial no palácio, com 30 pessoas na sala, ministros, CEOs, etc. Não tenho certeza sobre meu irmão (Joesley Batista), mas acho que ele nunca encontrou o Lula quando ele era presidente. Fomos conhecê-lo depois, porque nos chamaram no Instituto Lula justamente para explicar isso (os rumores). Eles perguntaram: "Que diabos é isso? São vocês que estão falando isso?" Respondemos: "De jeito nenhum, presidente Lula, achamos isso um negócio sem pé nem cabeça."
No total, encontrei o Lula três vezes depois que ele deixou a Presidência. Teve um evento de uma revista em um hotel. Sentei na mesa, ele estava almoçando. E teve outra vez em uma inauguração de alguma coisa. Essa é a relação. É muito distante.
BBC Brasil - E com o Lulinha?
Batista - Nunca vi o Lulinha na minha vida. Sei quem ele é por foto na internet. Um amigo um dia falou: "Wesley, ele é parecido com você". Eu respondi: "Tá louco!" Aí fui olhar. Mas nunca apertei a mão do Lulinha. Meu irmão encontrou ele uma vez em um evento social, uma festa. Uma pessoa que estava lá ainda brincou: "Vem cá que eu vou te apresentar teu sócio. O sócio que você não conhece…". Aí meu irmão disse: "Rapaz… o povo fala que somos sócios e nunca nem tinha te visto".
BBC Brasil - Outro tema polêmico são os recursos que a JBS recebeu do BNDES.
Batista - Aí temos outro mito descabido. Ouço constantemente que a JBS recebe dinheiro subsidiado do BNDES. As pessoas não se dão ao trabalho (de conferir). A JBS não recebe empréstimos do BNDES. Ponto. Isso é público. A JBS não deve um centavo ao BNDES. Público. Para não falar que não deve um centavo, deve 40 e poucos milhões de reais, que veio de aquisições que fizemos, da Tyson e da Seara.
BBC Brasil - Mas a empresa recebeu aportes via BNDESPar (o braço de participações do BNDES. Ele compra ações de empresas. Não faz empréstimos, mas se torna 'sócio' das companhias).
Batista - A JBS vendeu participação acionária para o BNDESPar, que participa em 200 ou mais empresas. E importantíssimo: depois que a JBS já tinha capital aberto. A transparência foi total. Além disso, se formos olhar o investimento que o BNDESPar fez e o que tem hoje, eles tiveram um resultado extraordinário. Provavelmente, um dos melhores da sua carteira. No que diz respeito ao valor (dessas operações) também existe um engano tremendo, (uma confusão) do que foi compra na JBS e em empresas que depois viemos a adquirir. O total de aportes na JBS foi da ordem de 5 bilhões de reais. Eles compraram isso em ações que hoje, felizmente, valem muito mais.

                           Segundo Batista, empresa tem 120 mil funcionários no Brasil e 70 mil nos EUA
BBC Brasil - A JBS seria desse tamanho não fosse a ajuda do BNDES na fase quente de aquisições para a empresa, 2007, 2008, 2009?
Batista - Primeiro, a gente não acha que foi ajuda. O BNDES não nos ajudou. Ele fez um negócio e nós fizemos um negócio. E nós entregamos. Ajudar é quando você dá um dinheiro e não cobra. Por outro lado, de forma nenhuma podemos dizer que a participação do BNDES não foi importante. Como os outros acionistas, eles foram importantes para a JBS emitir ações, levantar equity.
É difícil responder o que teria sido sem o BNDES. Há fundos soberanos em vários países e teríamos corrido atrás de interessados. Mas não dá para garantir que teríamos atraído outros fundos.
BBC Brasil - O BNDES é um banco público. O que a aposta na JBS trouxe de resultado para a sociedade?
Batista - Se for o caso, a sociedade precisa discutir o papel do BNDES, não o fato do banco investir na JBS ou na Vale. Hoje politizaram esse debate e a discussão política não cabe a nós. Em vários lugares do mundo você tem bancos de desenvolvimento que atuam de forma semelhante. O BNDES tem uma gama de objetivos ampla, que vai desde a questão social e econômica ao desenvolvimento do mercado de capital brasileiro – e a JBS é hoje uma das companhias mais valiosas nesse mercado. Toda a sociedade ganha com um mercado de capital fortalecido.
Além disso, há a questão a internacionalização. Hoje, o Brasil tem uma presença no território americano muito mais expressiva que há 10 anos. Só a JBS tem 70 mil funcionários nos EUA. E isso não pesa nas relações de país a país? Sem dúvida.
Também contribuímos para a formalização de nosso setor e da cadeia pecuária. A indústria frigorífica do país era informal e já deu prejuízos astronômicos. Hoje, tem três empresas listadas em bolsa, com transparência. O setor se profissionalizou.
BBC Brasil - Não falta uma abertura maior das informações do banco? O TCU já pediu para acessar dados sobre os acordos com a JBS...
Batista - É difícil opinar. Acho que isso tem mais a ver com um debate político. É usado como gancho desse debate.
BBC Brasil - Mas a JBS apoia uma abertura maior dos termos dos acordos? O banco alega que isso prejudicaria as empresas.
Batista - É difícil falar. O TCU não nos pediu nada. Eles pediram ao BNDES. Não temos conhecimento, no detalhe, de que tipo de informações estão pedindo. A maioria das coisas já é pública. Quanto a JBS deve ao BNDES? Divulgo isso em minha demonstração de resultado. Quanto ele comprou de participação acionária? Quanto valia quando ele comprou e quanto vale agora? Tudo é público.
BBC Brasil - Talvez quais os critérios para a escolha da JBS? Por que não o frigorífico X ou Y?
Batista - Não vou responder pelo BNDES, mas às vezes pode ser porque, naquele momento, foi a JBS que foi atrás, que bateu na porta. A JBS não tem como opinar.
BBC Brasil - Delatores da Lava Jato têm relatado como doações de campanha foram usadas para abrir portas. A JBS é a maior doadora de campanha no Brasil. O que espera conseguir com essas doações?
Batista - Está se criando uma imagem de que a doação de campanha existe por que há alguma contrapartida. Mas não é assim, você não pode generalizar. Há setores e setores. Primeiro, a JBS não tem negócios com o governo, não faz obra e não vende (para o governo). Se vende é coisa insignificante para alguma prefeitura, talvez merenda escolar. Não é uma empresa cuja atividade depende desse relacionamento. Nem tem dinheiro a receber.
Por que doação de campanha? Primeiro porque esse é o modelo brasileiro. As campanhas são financiadas com doações privadas. E o que você espera? Espera que o Brasil seja melhor. Para a JBS um país melhor tem um valor financeiro gigantesco. Por que a JBS participa em doações de campanha? Porque acredita que, participando, tem condições de apoiar partidos e pessoas que, se ganham, podem contribuir para a gente ter um país melhor. E com um pais melhor, automaticamente, a JBS tem um ganho de valor extraordinário.

             Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: Wesley ressalta que banco lucrou com ações da JBS
BBC Brasil - Mas a JBS doa tanto para o governo quanto para a oposição. Qual a lógica disso? Vocês acham que qualquer um que ganhe, o país melhora?
Batista - Não é assim… A bolsa brasileira é de 50 mil pontos. Se fosse de 80 mil pontos, a JBS valeria 50% a mais, ou 25 bilhões de reais (a mais). Então você tem um negócio relevante. Aí você diz, "mas a JBS doou pra um e para outro". É verdade. Tem um defeito no modelo brasileiro. São tantos partidos que você não quer ficar rotulado como um cara que tem partido. Não temos partido. Por exemplo, o finado Eduardo Campos era um político no qual achávamos que valia investir. Era promissor …
BBC Brasil - Se você doa para políticos que concorrem entre si, não parece estar identificando os 'promissores'.
Batista - Idealmente, você deveria escolher alguns. Mas ninguém quer ficar rotulado como "aliado" ou "opositor". A gente sempre fala para qualquer político que vem aqui: não somos políticos, somos empresários. Queremos contribuir apoiando bons políticos, mas não temos lado. Não é uma questão de escolha.
BBC Brasil - Se o objetivo é um Brasil melhor, o investimento em político não é arriscado? Não seria melhor um instituto de combate à pobreza ou algo do tipo?
Batista - Sem dúvida é arriscado. Temos investimentos em outras áreas (sociais). Dentro dessa sede da empresa, há uma escola com 600 alunos, porque acreditamos que o maior gap (deficiência) que o Brasil tem não é infraestrutura, é educação.
É um investimento arriscado, claro. Investimos alguns milhões no Eduardo (Campos). Investimos em alguns partidos ou políticos que depois olhamos e falamos: "Poxa, erramos. Era melhor o outro candidato". Isso faz parte. Se eu soubesse e pudesse só acertar…
BBC Brasil - Tivemos o escândalo do HSBC recentemente. O que leva alguns grandes empresários a colocarem a reputação em risco para sonegar imposto?
Batista - Acho que não há uma ou duas ou três explicações. Cada caso é um caso. Às vezes fico vendo empresas que pagaram para receber dinheiro (ao qual tinham direito) do governo. É errado, claro. Não tem de pagar ninguém. Mas é difícil julgar porque às vezes a pessoa precisa do recurso. Fica entre a cruz e a espada e acaba indo para o caminho incorreto para salvar a empresa. É preciso ver em que circunstâncias o sujeito fez isso. Não estou falando do funcionário público ou político que recebeu propina, porque eles estão ali para prestar um serviço público. Também tem empresários e empresários. Mas é difícil julgar.
BBC Brasil - O senhor parece estar se referindo à Lava Jato. É isso?
Batista - De novo, acho que tem casos e casos. Pode ter casos em que (o empresário) fez errado, que corrompeu o corrompido, que foi iniciativa da empresa. É horrível. Não que de outra forma não seja horrível. Mas generalizar não é correto. Tem bons empresários e maus empresários. Boas empresas e más empresas. E também é preciso ver as circunstâncias em que as coisas aconteceram. Não dá para sair julgando. O Brasil precisa de um amadurecimento, até da imprensa. Há uma imprensa cuidadosa, mas outra que emite opinião sem fatos e dados suficientes.


BBC Brasil - Por exemplo?
Batista - Nós tivemos dois casos nesse sentido, que mostram que não dá para sair julgando. Fizemos um pagamento da compra de um frigorífico em Ponta Porã e um centro de distribuição no Paraná em uma conta, porque a pessoa mandou (fazer o depósito) contra ordem de terceiro. A conta estava no meio da Lava Jato. Foi um barulho (sem propósito)…
BBC Brasil - O outro (caso) diz respeito a anotação (encontrada em uma planilha) de Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato)?
Batista - Ele fez uma anotação numa agenda, ou sei lá no que. "J&F (holding controladora da JBS): tantos mil pra mim, tantos pro fulano". Na operação, a Policia Federal pegou isso e saiu (na imprensa) algo que fazia parecer que a JBS fez um negócio (ilícito).
Na prática, foi algo tão descabido: uma pessoa que conhecia meu irmão ligou para ele um dia e disse que tinha um amigo que queria vê-lo para oferecer uma empresa. Normal no mundo empresarial. Meu irmão falou: "Tudo bem, traz seu amigo para falar com um diretor meu". Essa pessoa era o Paulo Roberto Costa, que foi lá oferecer a Astromarítima. Ele estava pensando em ganhar corretagem (com a venda da empresa), o que também é normal, desde que ele declare essa comissão. A proposta não interessou. Mas nesse meio tempo o cara deve ter feito a continha: "Se eu vender, recebo tanto." Virou um negócio que "meu Deus".
Também confundiram os nomes. Esse amigo do meu irmão tinha o primeiro ou segundo nome igual ao de um executivo da OAS preso. A imprensa deduziu que era a mesma pessoa. Isso tudo já está explicado. Mas cria-se um negócio não concreto, um julgamento de valor. Opinar quem fez e quem não fez na Lava Jato é para os procuradores, juízes e investigadores.
BBC Brasil - Com a desaceleração da economia, há o medo que o Brasil reverta os ganhos sociais dos últimos anos. Há quem defenda que os ricos poderiam pagar mais impostos para aliviar o impacto do ajuste sobre os pobres. Sua família está no topo da pirâmide social brasileira. O que acha?
Batista - Pergunta difícil. Essa você pegou pesado. Olha, isso não é uma novidade. Em vários países, quem tem mais paga mais. Nós temos uma situação específica do Brasil. Já temos uma das maiores cargas tributárias do mundo… e aí é que eu acho que está o debate. Não é se se cobra mais de quem tem mais e menos de quem tem menos. Já temos impostos demais e os impostos aqui são muito complicados. Além do custo de pagar, o custo de administrar, isso é monstruoso. Nossa companhia nos EUA é tão grande quanto no Brasil, mas temos aqui dez vezes mais pessoas envolvidas com a questão dos tributos. O foco deveria ser simplificar esse troço.
BBC Brasil - Os processos trabalhistas são o tema de muitos comentários negativos contra a JBS nas redes sociais. O que vocês estão fazendo para diminuir isso?
Batista - Muita coisa. Cada dia mais. Temos uma área de compliance trabalhista composta por engenheiros de segurança do trabalho, ergonomistas, advogados, um grupo multifuncional que vai de fábrica em fábrica. Lógico que não somos perfeitos. Temos problemas, mas isso às vezes é superdimensionado. Dado o universo que a JBS trabalha, a quantidade de fábricas, nossos indicadores são bons. Temos 120 mil funcionários no Brasil. É claro que não queríamos ter problema nenhum. Nenhum acidente. A gente trabalha para isso. Mas, infelizmente, às vezes tem alguns casos.
FONTE:  BBC



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