quinta-feira, 8 de setembro de 2016

‘Geddel tem boca de jacaré para receber’, diz delator Lúcio Funaro aliado de Cunha

‘Geddel tem boca de jacaré para receber’, diz delator aliado de Cunha

Afirmação contra o ministro foi feita por Lúcio Funaro, operador financeiro de Cunha, e se refere à época em que Geddel era vice-presidente da Caixa

Investigado sob a acusação de ser o operador financeiro do deputado Eduardo Cunha (PMDB), o empresário Lúcio Funaro, preso pela Operação Lava Jato, teve seu celular periciado pela Polícia Federal. Entre as mensagens aprofundadas em investigações estão acusações contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), de fazer pressão numa operação de R$ 330 milhões no fundo de investimento do FGTS, o FI-FGTS.
Conforme relatório da PF, Geddel tinha “preocupação exacerbada” sobre um aporte do banco para o grupo J.Malucelli, no valor de R$ 30,6 milhões, o primeiro de um total de R$ 330 milhões. “Ele é boca de jacaré para receber e carneirinho para trabalhar e ainda reclamão”, escreveu Funaro em uma mensagem de texto. Esse é o primeiro indício da atuação de Geddel, que foi vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013, dentro do FI-FGTS. Uma das novas frentes da Lava Jato faz uma devassa nos aportes multibilionários bancados pela Caixa Econômica.
Em outro trecho publicado pela revista Época, a conversa entre e Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa e agora delator na Lava Jato, e Funaro gira em torno de uma operação financeira da Caixa em favor da empresa J.Malucelli Energia. Trata-se da primeira parcela do investimento do FI-FGTS depositada em 2012. “Ele está louco atrás dessa operação da Malucelli. Já me cobrou umas 30 vezes”, diz Cleto. Funaro, por sua vez, sugere dificultar o negócio. “Segura essa m… Ele quer f… tudo que não participa. É um porco”. No relatório, a PF não esclarece o contexto da conversa sobre as cobranças.
Embora já tenha admitido publicamente “que tinha encontros de cortesia” com Funaro, Geddel disse à reportagem da Época que tinha “influência zero” nos investimentos do FI-FGTS. “Caso típico de utilização do nome. Preocupação zero”, pontuou o também presidente do PMDB baiano. Já a defesa de Funaro, que é acusado de ser o operador financeiro dos desvios de dinheiro do FI-FGTS, feudo controlado pelos peemedebistas e que envolve grandes empresas, como Odebrecht e a Eldorado Celulose, disse que as conversas “não representam ilícitos e a defesa provará a inocência nos autos”. Para a Procuradoria Geral da República, havia pressão política para liberar investimentos para empresas do esquema em troca de propina.
FONTE: BAHIA.BA

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