domingo, 31 de maio de 2020

DEPUTADO ANDRÉ FERNANDES POSTA FOTO FAZENDO GESTO NAZISTA

Deputado bolsonarista posta foto fazendo gesto nazista e com 'bigode de Hitler'

FONTE:  ESTADO DE MINAS

André Fernandes, do PSL, se justificou nas redes sociais, afirmando que a imagem foi 'tirada de contexto'


Uma série de fotos publicadas no Instagram pelo deputado estadual do Ceará, André Fernandes (PSL), enquanto ele retirava sua barba fizeram com que o parlamentar fosse alvo de uma série de críticas neste sábado. Isto porque, entre as imagens postadas, André Fernandes aparece com o braço em riste, imitando uma saudação nazista, e com o bigode característico do ex-ditador alemão Adolf Hitler. Na legenda da foto, ele escreveu: “FDP genocida
André se justificou pelo Twitter, afirmando que a foto é antiga e que foi tirada de contexto.
“Dia 1 de maio de 2019, quando fui tirar minha barba, fiz esses stories e uma grande parte de vocês deve lembrar! Acreditem, pegaram a minha foto chamando um genocida de FDP e estão dizendo que ando fazendo saudação nazista. Tiram do contexto pra atacar!!! Ainda assim tem gente dizendo que fiz uma piada com saudação. Porra, FDP não significa Flor De Pessoa, FDP significa FILHO DA PUTA. No meu tempo isso era um xingamento, não uma saudação amorosa! Chamar alguém de genocida filho da puta nunca foi saudação amorosa, e sim um xingamento! Quem ignora isso, não faz por falta de interpretação de texto, faz por mal caratismo (sic) mesmo! Defendo a liberdade de expressão e não vou apagar nenhum comentário me criticando por isso".
Também pela rede social, o deputado ameaçou ir à Justiça contra quem criticasse seu ato.
“Mas já deixo claro que famosinho ou jornaleco que publicar minha foto tirando do contexto pra me atacar, VAI TOMAR PROCESSO!”

Depois da repercussão sobre a foto, André republicou alguns tweets antigos em que faz críticas um tanto confusas a Hitler, misturando assuntos como nazismo, aborto, comunismo, socialismo, armamento e luta de classes.
Após ser questionado sobre as atitudes de André Fernandes, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, José Sarto, se manifestou pelo Twitter. Sem citar o nome de Fernandes, Sarto disse que "denúncias de quebra de decoro parlamentar são tratadas no âmbito do Conselho de Ética da ALCE a partir de representações”.

Quem é André Fernandes?

O jovem deputado de 22 anos tentou a carreira artística antes de entrar na política, produzindo vídeos de humor publicados nas redes sociais.

Entretanto, André Fernandes ganhou notoriedade quando mudou o foco do conteúdo produzido, passando a gravar vídeos de apoio ao então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro.
Atualmente, ele mantém um canal no Youtube que conta com 520 mil inscritos. Os vídeos publicados tem conteúdo político crítico. Na maioria deles, o parlamentar aparece com um estilo bem característico dos apoiadores de Bolsonaro, com a voz elevada e em tom enérgico.
Segundo informação do jornal O Povo, em 2018, Fernandes criou uma enquete no Twitter comparando gays a ratos, logo após ter afirmado que “homem feminista” é igual a “viado”. A publicação foi apagada da rede pelo próprio André.
Em junho de 2019, já ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa do Ceará, André acusou sem provas o deputado Nezinho Farias (PDT) de “fortalecimento” da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). No mês seguinte, ele pediu desculpas a Nezinho. Apesar da retratação, ele ainda pode ser punido pela ALCE.

No dia 8 de maio, o André Fernandes acusou o secretário da Saúde do estado de pressionar “profissionais da saúde para colocarem Covid-19' nos atestados de óbito, mesmo a causa dos óbitos sendo coisas nada a ver com coronavírus”. Após a declaração, ele foi intimado pela Justiça cearense para apresentar provas de suas afirmações.



quarta-feira, 27 de maio de 2020

Coronavírus: Assessora de Guedes enxergava morte de idosos como positiva para “reduzir déficit previdenciário”

Coronavírus: Assessora de Guedes enxergava morte de idosos como positiva para “reduzir déficit previdenciário”

Solange Vieira, que atuou na Reforma da Previdência, minimizou impacto da Covid em março


Em março, quando o Ministério da Saúde apresentou previsões sobre o impacto da pandemia do coronavírus no Brasil para o Ministério da Economia, servidores próximos do ministro Paulo Guedes teriam minimizado o impacto da doença e até visto de forma positiva.
Reportagem dos jornalistas Stephen Eisenhammer e Gabriel Stargardter, da agência Reuters, traçou uma linha do tempo que mostra como o Brasil se tornou o segundo mais afetado pela doença no mundo, apesar de ter monitorado a Covid-19 desde o início.
Uma das fontes ouvidas pela matéria foi o epidemiologista Julio Croda, chefe do departamento de imunização e doenças transmissíveis do Ministério da Saúde durante a gestão do ex-ministro Henrique Mandetta. Croda revela bastidores da crise e aponta que a Economia minimizou a doença.
Quando foi apresentar balanços feitos pela Saúde sobre a pandemia, ainda em março, Croda ouviu de uma figura muito próxima de Paulo Guedes, Solange Vieira, que o cenário era “bom”.
“É bom que as mortes se concentrem entre os idosos… Isso melhorará nosso desempenho econômico, pois reduzirá nosso déficit previdenciário”, afirmou a economista que comanda a Superintendência de Seguros Privados por indicação de Guedes. Ela foi uma das figuras centrais na Reforma da Previdência e chegou a ser cotada para presidir o BNDES.
Questionada pela Reuters sobre a afirmação, a Superintendência confirmou que ela participou de reunião em março a convite de Mandetta para “entender as projeções do ministério”. Segundo ela, a análise de Vieira aconteceu “sempre com foco na preservação de vidas”.
Na época, o ministro Paulo Guedes ainda afirmava que a economia do Brasil poderia crescer “2% ou 2,5%” diante da pandemia.

FONTE: REVISTA FÓRUM





terça-feira, 26 de maio de 2020

Governo vai comprar esteira de R$ 44 mil para Mourão com TV e internet

Governo vai comprar esteira de R$ 44 mil para Mourão com TV e internet

[Governo vai comprar esteira de R$ 44 mil para Mourão com TV e internet]
  Por: Reprodução / TV Globo  Por: Peu Moraes, AjuNews  0comentários
Ogoverno federal abriu um edital no valor de R$ 44 mil para comprar uma esteira ergométrica para o vice-presidente da República Hamilton Mourão usar no Palácio do Jaburu. A informação foi confirmada pelo jornal Estadão, nesta segunda-feira (25).
O edital prevê a aquisição do equipamento, no valor de R$ 43.094,06, e a instalação, totalizando R$ 44.034,52. A vice-presidência justifica a aquisição da esteira afirmando que Mourão, por questões de “segurança, privacidade e agenda institucional”, não pode realizar exercícios físicos fora da sua residência oficial.
A esteira precisa, segundo a vice-presidência, ter conexão com a internet, “tela touch screen de alta definição com aplicativos de entretenimento, internet, TV, cursos interativos e mais”, além de “possuir interface com sensores sem-fio de frequência cardíaca (telemetria padrão Garmin, Polar, Bluetooth ou ANT+) ou sensores de contato em manoplas (empunhaduras) no equipamento”.
“Atualmente, a área de atividade física do Palácio do Jaburu se insere na necessidade de reestruturação ampla ali já identificada, pois, dispõe de equipamento defasado, com quebras constantes, cujo conserto se mostra antieconômico, visto ser equipamento fora de garantia e obsoleto, tornando ainda mais precário o estado do maquinário atual, trazendo riscos à integridade física de seus usuários. Tal situação exige a adequação de espaço e equipamento com as peculiaridades do Palácio, enquanto moradia do Vice-Presidente da República”, afirma o edital.

Fonte: Bocão News

Policia Federal confisca computadores e celulares de Witzel

Policia Federal confisca computadores e celulares de Witzel



Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da “Operação Placebo”, desencadeada nesta terça-feira após autorização do Superior Tribunal de Justiça, a Polícia Federal apreendeu no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio, telefones e celulares de Wilson Witzel.
Os mandados tiveram por base duas investigações conduzidas pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ambas relacionam o nome do governador do Rio, Wilson Witzel, com empresários e gestores envolvidos com desvios nos recursos destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus no estado. Um dos indícios foi obtido por promotores estaduais após ouvir durante seis horas, na semana retrasada, o ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves, que está preso no Presídio José Frederico Marques, em Benfica.
Outro indício que motivou as buscas e apreensões de hoje (12, no total), autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi uma prova arrecadada nas investigações da “Operação Favorito”, iniciativa da força-tarefa da Lava Jato há duas semanas, com elementos da relação entre o governador e o empresário Mário Peixoto, preso na ocasião.
Outra suposta menção a Witzel nas investigações da Favorito ocorreu durante uma ligação entre o empresário Luiz Roberto Martins Soares, um dos principais alvos da operação, e o ex-prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier na qual os dois mencionaram a revogação de uma resolução conjunta das secretarias estaduais de Saúde e da Casa Civil que desqualificou o Instituto Unir Saúde para seguir à frente das UPAs do estado no ano passado.
Em nota, Witzel negou qualquer tipo de envolvimento no esquema de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública.
“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”, afirmou o governador.
FONTE:  Extra

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Carro com adesivo da Tv Record é detido transportando 300 quilos de maconha


Carro com adesivo da Tv Record é detido transportando 300 quilos de maconha







A Polícia Militar do Paraná prendeu duas pessoas na cidade de Pinhão, no sul do Estado. A dupla estava transportando 300 quilos de maconha escondidos no porta-malas. As informações são da Revista Fórum.
A própria emissora, diante do acontecido, se manifestou em seu principal noticiário, o Jornal da Record, na noite de sábado. Os apresentadores Eduardo Ribeiro e Janine Borba ressaltaram que os criminosos não tinham vínculos com a emissora.
“O motorista e o passageiro, que claro, não tinham ligação nenhuma com a Record TV, estão presos e vão responder por tráfico de drogas”, assegurou Ribeiro, ao final da reportagem.

Fonte: Yahoo

domingo, 24 de maio de 2020

Defendida por Bolsonaro, cloroquina aumenta risco de morte em pacientes, diz estudo

Defendida por Bolsonaro, cloroquina aumenta risco de morte em pacientes, diz estudo



CONTEÚDO ABERTO PARA NÃO-ASSINANTES: Pesquisa divulgada pela Lancet testou 96 mil pacientes em todo o mundo e concluiu que, mesmo combinado com outros remédios, medicamento pode agravar a taxa de mortalidade em até 45%

Um estudo realizado com mais de 96 mil pacientes internados concluiu que o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina em pacientes com o novo coronavírus, mesmo quando associados a outros antibióticos, aumenta o risco de morte e de arritmia cardíaca nos infectados pela covid-19. Esta é a maior pesquisa realizada até o momento sobre os efeitos que essas substâncias têm no tratamento do vírus. A cloroquina é defendida pelo governo Jair Bolsonaro como primeira opção de tratamento, inclusive para pacientes sem gravidade.
"Nós fomos incapazes de confirmar qualquer benefício da cloroquina ou da hidroxicloroquina em resultados de internação pela covid-19. Ambas as drogas foram associadas à diminuição de sobrevivência dos pacientes internados e a um aumento da frequência de arritmia ventricular quando usadas no tratamento da covid-19", conclui o estudo liderado pelo professor Mandeep Mehra, da Escola de Medicina de Harvard, e publicado nesta sexta-feira, 21, na revista Lancet.

alguma variação ou combinação da cloroquina nas primeiras 48 horas de internação.
Entre os pacientes do grupo controle, ou seja, que não tomaram nenhuma das drogas, a mortalidade foi de 9,3%. Entre os que tomaram a hidroxicloroquina sozinha ou combinada com um antibiótico, o porcentual de mortos foi de 18% e 23,8%, respectivamente. Já entre os que tomaram a cloroquina, a mortalidade foi de 16,4% e, nos casos em que o remédio foi administrado com antibióticos, o índice subiu para 22,2%.
O estudo aponta também a falta de eficácia comprovada da medicação por pesquisas anteriores. "O uso dessa classe de drogas para a covid-19 é baseado em um pequeno número de experimentos anedóticos que demonstraram respostas variáveis em análises observacionais, não controladas e em ensaios clínicos aleatórios e abertos que foram amplamente inconclusivos."

Ministério da Saúde no Brasil recomenda uso da cloroquina

Na quarta-feira, 20, o Ministério da Saúde liberou a cloroquina para todos os pacientes de covid-19. Em documento, o ministério autorizou a prescrição do medicamento desde os primeiros sinais da doença causada pelo coronavírus. Embora não haja comprovação científica da eficácia do medicamento contra a doença, o ministério alegou, no documento, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou recentemente que médicos receitem a seus pacientes a cloroquina e a hidroxicloroquina, uma variação da droga. 
"Ainda não existe comprovação científica. Mas sendo monitorada e usada no Brasil e no mundo. Contudo, estamos em Guerra: 'Pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado'.Deus abençoe o nosso Brasil!", escreveu o presidente em redes sociais ao comentar o protocolo divulgado pelo Ministério da Saúde para a prescrição do remédio. A defesa de Bolsonaro do uso da cloroquina levou à queda dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. 
Em nota, a pasta se limitou a dizer que “com base em estudos existentes e parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM), além de experiência da rede pública na utilização da cloroquina, cumpre o princípio da equidade ao dar oportunidade de todos os brasileiros, com seus médicos, buscarem a melhor opção de tratamento contra o coronavírus”. Fontes do ministério dizem que ninguém acredita que a orientação do governo irá mudar com a publicação do novo estudo.
Também procurados pela reportagem, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) não se pronunciaram sobre possíveis implicações do novo estudo nas recomendações brasileiras sobre o uso do remédio. O CFM disse “estar acompanhando todos os trabalhos científicos relevantes relacionados ao tratamento da covid-19, dentre eles este publicado pela The Lancet.” Já a AMB afirmou que ainda está analisando o estudo.
Para Fernando Bacal, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia, embora sejam necessárias mais pesquisas sobre o uso do remédio em pacientes com quadros leves, o estudo da The Lancet traz mais um alerta sobre os riscos da utilização indiscriminada da medicação. “Ele reforça nossa recomendação de utilização desse medicamento só dentro de protocolos de pesquisa”, afirmou.
Nesta sexta-feira, 22, o diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, voltou a desaconselhar o uso da cloroquina no tratamento de pacientes do novo coronavírus. “Sabemos que o governo (brasileiro) aprovou o uso mais abrangente da cloroquina, mas, de acordo com as revisões sistemáticas da OMS, as evidências clínicas não apoiam o uso para tratamento da covid-19. Não antes que tenhamos resultados dos estudos em andamento”, disse.

Outros estudos 

Diversos estudos já comprovaram que não há eficácia comprovada da droga no combate ao novo coronavírus. Somente neste mês de maio, alguma das mais importantes revistas médicas do mundo - New England Journal of Medicine (NEJM), o Journal of the American Medical Association (Jama) e o British Medical Journal (BMJ) - publicaram estudos com resultados nada promissores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já havia alertado para os efeitos do uso cloroquina. A entidade já afirmou que não há eficácia comprovada do medicamento e aconselhou uso apenas em estudos clínicos. A recomendação foi feita nesta quarta-feira, 20. 
“Uma nação soberana tem o direito de aconselhar seus cidadãos sobre qualquer medicamento. Mas gostaria de destacar que, até agora, a cloroquina e a hidroxicloroquina não foram identificadas como eficazes para tratar a covid-19. Diversas autoridades já emitiram alertas sobre efeitos colaterais. A OMS aconselha que esse medicamento seja utilizado apenas em estudos clínicos supervisionados por médicos em ambiente hospitalar, como já ocorre em diversos países”, disse o diretor do programa de emergências do órgão, Michael Ryan. 

Fonte: Folha de São  Paulo