No Recife, a opção do partido é o deputado estadual Edilson Silva. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press.
PSol planeja crescimento nas eleições municipais
Partido se articula para ter candidatura a prefeitos nos maiores municípios do estado em 2016
Numericamente pequeno mas com sede de legenda grande, o PSol começou a articulação para 2016 com meta de formar candidatura própria nas dez maiores cidades de Pernambuco. À frente desse trabalho, o deputado estadual Edilson Silva, presidente estadual da legenda e primeiro e único nome do partido com mandato no estado. Nem mesmo vereador o PSol contabiliza ao longo dos dez anos desde que surgiu. Com a fala tão firme quanto os gestos rígidos, afirma sem rodeios: o único município com nome definido é o Recife, onde ele será candidato.
Os cem primeiros dias dele na Assembleia Legislativa estiveram focados em estruturar o mandato. Não sem motivo. Edilson e o PSol sabem exatamente o peso que a cadeira de deputado tem para impulsionar o partido nas disputas municipais do próximo ano. “O meu mandato é o mandato do partido. Ele tem a contribuição do exemplo. Da mesma forma que em nível federal favoreceu a legenda nacionalmente, agora, aqui, também será usado como exemplo”, reconheceu.
Esse pensamento se ilustra no volume e foco das audiências públicas que comandou. “Quero fechar o semestre em 11 ou 12. Tivemos sobre assédio moral dos professores, extermínio da juventude negra, direito da população LGBT…. Outros assuntos são as obras inacabadas da Copa do Mundo e sobre o presídio de Itaquitinga”, disse.
O caminho traçado busca potencializar a relação com os movimentos sociais, em um momento no qual o PT, partido de cuja costela o PSol é originário, sofre internamente para resgatar o diálogo com esse mesmo grupo.
Nas últimas semanas, Edilson Silva iniciou a segunda fase da investida do partido que é a de reunião em cidades polo de todas as regiões do estado. Esteve até o momento no Sertão do Pajeú e do São Francisco. Os próximos são os municípios do Agreste.
Nesses encontros é pedida aos dirigentes locais uma radiografia, destacando quais as forças políticas e as lutas e questões mais presentes no local. A preocupação é em como afinar o tom. “Queremos candidatos que dialoguem com o sentimento mediano. Que não choquem, mas que também não sejam insenssíveis… Estamos preocupados em unir ideais com competência e não radicalismo”, falou o parlamentar.
Além do Recife, as conversas se mostram avançadas também em Jaboatão dos Guararapes, onde é possível que se repita o nome de César Ramos, que também disputou o executivo local há três anos. No caso de Olinda, Edilson Silva classifica como “uma das situações mais indefinidas”. Especula-se, porém, que Zé Gomes, que concorreu ao governo de Pernambuco em 2014, estaria sondando o território.
Alianças
Edilson Silva é cuidadoso ao falar de alianças. Ainda assim, apesar da origem na esquerda, não economiza nas cíticas ao mencionar o PT e não cita o PSTU. É taxativo, porém: “Como sou o presidente do partido, posso dizer que não tem veto à coligação com partido nenhum, mas tem que ser benéfico para o que defendemos”. No ano passado, o partido fez aliança com o PMN. Em 2012, quando ele foi candidato a vereador do Recife, coligou com o PCB.
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