sábado, 13 de junho de 2020

Presidente de Paraguai exonera chefe militar por permitir passagem na fronteira com Brasil

Presidente de Paraguai exonera chefe militar por permitir passagem na fronteira com Brasil


                                                   Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, exonerou hoje um alto chefe militar, responsável pelo controle da fronteira com o Brasil, por permitir a passagem de um prefeito apesar das fronteiras estarem fechadas por causa da pandemia de coronavírus.
O Paraguai mantém as fronteiras fechadas com o Brasil, Argentina e Bolívia há um mês para prevenir a expansão do coronavírus, que tem 713 contágios e 10 mortes no país.
"Estamos fazendo um enorme esforço para conter a disseminação do vírus", disse Benítez a jornalistas, explicando a sua decisão, durante uma visita para supervisionar obras em uma rodovia.
O presidente havia dito dias antes que a situação de contágios no Brasil "é uma grande ameaça para o país".
O oficial militar exonerado, coronel Leonardo Ibarrola, exercia o Comando de Operações da Defesa Interna.
Ontem, tropas que respondiam a Ibarrola permitiram sob pressão que José Carlos Acevedo, prefeito da cidade de Pedro Juan Caballero (nordeste), atravessasse a fronteira e chegasse à cidade vizinha de Ponta Porã.
Em um vídeo que viralizou pelas redes sociais, Acevedo pressiona os oficiais, apresentando-se como uma autoridade e ostentando os cargos dos seus irmãos: Robert e Ronald Acevedo, governador e senador do departamento de Amambay, respectivamente.
O prefeito entrou no Brasil pela manhã e voltou à tarde, com a esposa de nacionalidade brasileira e o filho de três meses, supostamente para visitar a sogra no dia das mães.
Ao retornar, o Ministério Público pediu a captura de Acevedo por violar a lei de quarentena em andamento no país. Ele foi submetido a um isolamento doméstico por 14 dias por ordem do ministério da Saúde local.
Após o fechamento das fronteiras, cerca de 3.000 cidadãos repatriados do exterior entraram no Paraguai, a maioria deles do Brasil, e foram forçados a realizar quarentena de saúde em abrigos.
Do total de 713 casos positivos registrados em todo o Uruguai, 80% são importados do Brasil, especificamente de São Paulo, onde muitos paraguaios ficaram desempregados com a pandemia, informou a autoridade à frente da Direção de Vigilância em Saúde, Guillermo Sequera.
Abdo havia dito na sexta-feira que, dada a situação que o Brasil vive hoje, não "passa pela cabeça dele abrir" a fronteira.
O presidente considerou que o Paraguai está contendo a pandemia, registrando um dos números mais baixos da região para mortes confirmadas pela doença e sem registros de mortes até o momento, em maio.
"Os casos positivos estão nos abrigos dos que retornaram", disse o presidente, que complementou:
"A boa notícia é que todos esses casos estão controlados."
FONTE: UOL 

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