domingo, 18 de março de 2018

Coronel da PM faz homenagem para Marielle e critica divulgação de boatos falsos

Coronel da PM faz homenagem para Marielle e critica divulgação de boatos falsos


Robson Rodrigues disse que “sentiu-se na obrigação” de informar a amigos quem era a vereadora carioca

Coronel da reserva da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), Robson Rodrigues da Silva – Foto: Reprodução/Facebook
O coronel da reserva da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), Robson Rodrigues da Silva, escreveu uma homenagem a vereadora Marielle Franco (PSOL), morta na noite da última quarta-feira (14/3) com quatro tiros na cabeça. Em seu Facebook, Robson postou uma mensagem que enviou a um amigo, um policial da ativa.
Em seu texto, o coronel afirma que conheceu a vereadora após ela se prontificar a ajudar mulheres policias e viúvas de PMs mortos no Rio de Janeiro. “Deveríamos, sim, nos unir enquanto sociedade contra o maior problema civilizatório que nos afeta e dilacera: a violência homicida. Apesar disso, há pessoas que insistem em simplificar questão tão complexa, dividindo o mundo em direita e esquerda. Choro pelas mortes infames, do cidadão comum, dos meus amigos, dos meus amigos policiais dos quais já perdi a conta inúmeras vezes. Meu primeiro serviço como aspirante foi atender a ocorrência do assassinato de um policial militar, adorado em meu Batalhão. Choro agora por uma amiga admirável, sobretudo porque lutava contra essa estupidez e sonhava com uma sociedade melhor”, escreveu.
Segundo ele, se Marielle o procurou em algum momento era porque confiava na polícia, pelo menos em parte dela.
No fim da publicação, Robson faz um alerta em relação as mensagens de ódio e calúnia que circulam contra a vereadora nas redes sociais. “Postagens maldosas como essas, que vêm circulando nas redes sociais, além de não retratarem a realidade, são de um imenso desrespeito não só à historia de Marielle, mas aos nossos policiais honestos e trabalhadores sofridos, sobretudo as policiais negras, que tanto necessitam ser acolhidos nas causas que ela magnificamente defendia”, finaliza.
Boatos
A morte da vereadora fez espalhar com rapidez informações falsas sobre a parlamentar na internet, especialmente via grupos do aplicativo de mensagens WhatsApp. Uma corrente que viralizou diz que a vereadora foi casada com um traficante, que engravidou quando tinha 16 anos e que tinha associação com o Comando Vermelho, uma das facções criminosas do Rio de Janeiro.
Apesar de terem sido amplamente reproduzidas nas redes sociais, inclusive por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e pelo deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), as informações são falsas.
Segundo o site aosfatos.org, especializado em checar a veracidade de informações difundidas via internet, a vereadora tinha 38 anos e uma filha de 19, ou seja teria ficado grávida entre os 18 e 19 anos e não aos 16 como diz a mensagem.

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