PARABÉNS A CESTA DO POVO QUE COMPLETA 38 ANOS E RESISTE AO DESMONTE PETISTA
Programa Cesta do Povo - O Programa de Abastecimento de Alimentos Básicos foi criado em 1979, pelo então Governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, em sua segunda gestão. A implantação da Cesta do Povo foi anunciada em 1º de junho desse ano, e teve seu primeiro dia de funcionamento em 21 do mesmo mês.
O programa teve início com postos móveis, utilizando barracas desmontáveis e postos fixos, em bairros de periféricos de Salvador (Liberdade, Rio Vermelho, Nordeste de Amaralina, Pernambués, Cosme de Farias, Castelo Branco, Pau da Lima e Paripe), onde estavam concentrados o maior número de pessoas de baixo poder aquisitivo. Até o final de 1979, foram criados setenta postos-de-venda, para atender o aumento de demanda da população, sendo quatro deles implantados em Feira de Santana. Nesses postos, eram comercializados apenas seis produtos: farinha, feijão, arroz, açúcar, macarrão e peixe.
Criação da Ebal - Em 29 de março de 1980 foi inaugurada a Central de Abastecimento da Cesta do Povo, localizada no bairro do Ogunjá, em Salvador. Neste mesmo ano foi criada a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), através do Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia (Desenbanco), e sua subsidiária, a empresa de capitalização e risco PROPAR (Promoções e Participações da Bahia S.A.), com o objetivo de gerir as lojas da Cesta do Povo. Além de beneficiar a população com menor poder aquisitivo, o programa atuava como importante instrumento de regulação do mercado.
Além da Cesta do Povo, a nova empresa então controlada pela Secretaria da Agricultura (SEAGRI), incorporou a Ceasa-Bahia e, posteriormente, outros programas e projetos como Nossa Sopa, Cartão Credicesta, Programa do Leite, +Pão e +Vida. A Ebal, atualmente vinculada a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), é um conjunto de negócios voltados para o setor alimentar, com perfil governamental e ao mesmo tempo varejista.
A crise - Em janeiro de 2007, após a mudança de direção da Ebal, foi divulgada para a sociedade a real situação da empresa: sucateada em sua infra-estrutura, situação falimentar, com sérios problemas nos processos interno, lojas desabastecidas e uma dívida acumulada de R$ 300 milhões. A Ebal encontrava-se falida em todos os sentidos, e a relação com funcionários e fornecedores estava abalada.
Na época do escândalo (janeiro de 2007), a empresa tinha 4,2 mil funcionários e 425 lojas da Cesta do Povo fechadas. A primeira medida do governo foi, durante 60 dias, realizar uma reestruturação geral. A Ebal então passou a enfrentar uma série de demissões e a aparecer na mídia constantemente de forma negativa, principalmente com a instalação da CPI da Ebal para apurar as irregularidades nas finanças da empresa e com a possibilidade de encerramento de suas atividades.
Reconstrução - A Empresa Baiana de Alimentos passou por um rigoroso processo de reconstrução, com obras e reformas, planejamento de ações de emergência, redução das despesas operacionais, negociação com fornecedores, reestruturação do abastecimento, mudança de horário de funcionamento das lojas, nova política de contratação, revisão de normas de trabalho com enorme melhoria de padrões estabelecidos. A empresa ficou com um quadro mais ajustado de funcionários, com previsão de lançamento, já em 2008, do Ebal TV, um canal de comunicação interna através de canal fechado, com transmissão via satélite, além do programa de educação continuada e aprovação do Planos de Cargos, Salários e Carreira. Muita coisa estava sendo feita, mas o que chegava aos funcionários eram apenas as notícias negativas publicadas em jornais. A distribuição geográfica dificultava ainda mais a comunicação da Ebal com seus funcionários que precisavam saber da transformação e resultados alcançados pela nova administração, além de tirar a preocupação diária da demissão. Era preciso comunicá-los e motivá-los, para que eles participassem ativamente deste processo. Uma negociação com todos os stakeholders da empresa foi iniciada, a fim de restabelecer relacionamentos e a credibilidade da empresa.
Nova Ebal
A Empresa Baiana de Alimentos, ligada a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado da Bahia, conta hoje com uma rede de lojas da Cesta do Povo , centrais de distribuição, frigoríficos, mercados e a Ceasa-BA.
A Ebal alcançou, em 2014, R$ 647,1 milhões de faturamento, com mais de 23 milhões de atendimentos pela Cesta do Povo, trabalhando com custos operacionais substancialmente reduzidos e crédito junto a mais de 1.300 fornecedores cadastrados.
Com 2.727 funcionários (2014) e com todas as lojas informatizadas, a empresa avança em políticas operacionais, administrativas e financeiras, tendo, transparência e rigor no trato dos seus recursos como base de funcionamento.
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