Empresários e políticos mineiros são suspeitos de terem recebido, às escondidas, a vacina contra covid-19 em BH
Segundo reportagem da Revista Piauí, eles compraram as duas doses do imunizante por R$ 600 para vacinar também a família
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) se manifestou na tribuna da Câmara sobre a denúncia e disse que o fato é grave e pode resultar em prisão. Correia apresentou ao Ministério Público um pedido para que apure os fatos e, ao mesmo tempo, confisque as vacinas contra o coronavirus que foram adquiridas por políticos e empresários.
"Dei entrada [no MPMG] solicitando que se requisite todas as vacinas que foram compradas, porque elas têm que ir para o SUS para vacinar as prioridades determinadas pelo Sistema Único de Saúde, especialmente os idosos. Solicitei também que eles possam fazer uma investigação sobre as responsabilidade de quem fez a compra e apurar o acontecido. Esperamos que seja exemplar, para que coisa desse tipo não vire rotina. É completamente ilegal e a punição tem que ser evidentemente severa", afirma.
Em nota, o ex-senador Clésio Andrade, que foi também presidente da Confederação Nacional do Transporte, nega que tenha tomado a vacina e defende as regras de vacinação do Ministério da Saúde.
Por telefone, o deputado estadual, Alencar da Silveira, do PDT, também negou que tenha participado da imunização paralela.
Em nota, a empresa de transportes Saritur diz que desconhece o assunto e esclarece que os nomes citados na reportagem da Revista Piauí não fazem parte do corpo da sociedade do grupo.
Também em nota, a Pfizer nega qualquer venda ou distribuição da vacina contra a Covid-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização; a empresa ressalta que o imunizante ainda não está disponível em território brasileiro.
FONTE: ITATIAIA NOTICIAS
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