quinta-feira, 21 de novembro de 2019

BRASIL TEM 65,8 MILHÕES DE VEÍCULOS, INDICA ESTUDO

REAL FROTA CIRCULANTE NO BRASIL É DE 65,8 MILHÕES DE VEÍCULOS, INDICA ESTUDO

Estudo identifica total de 50,7 milhões de autoveículos e 15,1 milhões de motocicletas.
Fonte: IBPT - EMPRESÔMETRO
REAL FROTA CIRCULANTE NO BRASIL É DE 65,8 MILHÕES DE VEÍCULOS, INDICA ESTUDO
Devido aos efeitos da queda drástica das vendas dos últimos 3 anos de autoveículos (automóveis, caminhões e ônibus) a frota circulante praticamente estagnou. Para se ter uma ideia, no ano de 2017, pouco mais de 889 mil veículos foram agregados a esta frota, um crescimento de apenas 1,37% em relação ao ano anterior, é o que indica o levantamento realizado pelo Empresômetro, empresa brasileira de inteligência de negócios em parceira com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação -  IBPT, instituição referência no Brasil em assuntos estratégicos e de tributação.
É um verdadeiro censo da frota brasileira, com a compilação de dados dos últimos 8 anos de todos os veículos em circulação por tipo, marca, modelo e ano de fabricação por estado e por município, como explica o advogado tributarista e Coordenador de Estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. “O estudo levou 3 anos para ser concluído e se constitui no mais completo levantamento da frota brasileira de veículos em circulação”, afirma.
Há no Brasil 65,8 milhões de veículos dos mais diversos tipos, entre leves, ônibus, caminhões e motocicletas, todos esses em efetiva utilização. Desse total, 41,2 milhões são automóveis (62,65%), 7,0 milhões são comerciais leves (10,67%), 2 milhões são caminhões (3,09%), 376,5 mil são ônibus (0,57%) e 15,1 milhões são motocicletas (23,01%).
O Estado de São Paulo possui a maior frota circulante, com 18,9 milhões de veículos (28,76% do total), seguido por Minas Gerais com 8,1 milhões de veículos (12,28%) e Paraná com 5,2 milhões de veículos (7,83%). Contrapondo-se, as menores frotas estão nos estados do Amapá, com 122,5 mil veículos (0,19% do total), Roraima, com 125,1 mil veículos (0,19%), e Acre, com 192,1 mil veículos (0,29% do total).
“Os números dos veículos efetivamente em circulação foram resultados de pesquisas junto ao Denatran, Secretarias de Estado da Fazenda (IPVA), ANTT – Seguradora Líder (DPVAT), com a captura de dados através da Lei de Acesso à Informação”, explica o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike.

Desde 2011, quando mais de 4 milhões de veículos foram adicionados à frota, com crescimento de 8,32% em relação ao ano anterior, o ritmo de crescimento da quantidade de veículos em circulação vem caindo, atingindo um pífio aumento de 889 mil em 2017, equivalente a 1,37% em relação a 2016.  Segundo Olenike, “se não houver imediata mudança nas políticas para renovação da frota, haverá encolhimento dessa frota circulante, com reflexos econômicos perversos para o país”.

A relevância desse estudo para o governo e setor privado é elevada. “O levantamento é imprescindível para a formulação de políticas públicas e estratégias empresariais, interessando aos governos, montadoras, indústrias, atacadistas e varejistas de veículos, peças e acessórios, seguradoras, instituições financeiras, reparadores, entidades empresariais e instituições de ensino e pesquisa”, ressalta Gilberto Luiz do Amaral.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

17,6 MILHÕES DE ARMAS LEVES NO BRASIL 57% ESTÃO ILEGAIS

Brasil é o 2º maior fabricante de armas leves no Ocidente; país tem 17,6 mi de armamentos

Estudo



Hoje em território brasileiro existem cerca de 17,6 milhões de armas leves em circulação, 57% ilegais

A maioria é produzida dentro do país, que atualmente ocupa o posto de segundo maior fabricante de armas de pequeno porte no Ocidente.
Os números alarmantes foram divulgados em outubro pela pesquisa “Armas leves no Brasil: Produção, Comércio e Posse” (“Small Arms in Brazil: Production, Trade and Holdings”.
A pesquisa foi realizada em parceria pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais em Genebra e as ONGs Small Arms Survey, Viva Rio e ISER (Instituto de Estudos da Religião).
Dividido em três partes, o estudo traça um panorama sobre a presença das armas leves no Brasil levando em conta a estrutura do complexo industrial-militar no país, o comércio do setor e a posse das armas.
A proposta é tentar identificar como a produção desses artefatos se desenvolveu, quem vende e quem compra as armas brasileiras e quem detém a posse delas no final da cadeia.
Os dados são de 2008 e são consideradas armas leves aquelas que podem ser usadas e transportadas por uma ou duas pessoas, incluindo as de cano longo.

Produção e comércio

Em relação à produção e comércio, o estudo destaca que a fabricação desses armamentos cresceu progressivamente nos últimos 30 anos, principalmente durante o início da ditadura militar (entre 1974 e 1983).
Hoje, a indústria movimenta aproximadamente US$ 100 milhões por ano e está concentrada em três principais fabricantes: Taurus, CBC e IMBEL.
“O Brasil nos últimos anos, em quantidade, é maior exportador de armas curtas para os EUA, a maior parte desse volume pertence à Taurus.
A CBC, por sua vez, tem o monopólio da produção e comércio de cartuchos no Brasil e a Imbel está mais voltada para mercado militar com a produção de fuzis de assalto”, explica o co-autor do estudo e pesquisador do Viva Rio, Júlio Purcena, em entrevista ao Ilanud.
Mas se os Estados Unidos são o maior comprador de armas brasileiras, a indústria também abastece o mercado interno. “As armas de fogo usadas pelo crime organizado brasileiro são, sobretudo, de fabricação nacional.
A produção de armas leves no Brasil cresceu de forma exponencial nas mesmas décadas em que se verificou aumento progressivo da violência”, declara a pesquisa.
Ainda segundo Júlio, a evolução da produção do setor é uma questão complexa.
“Parte da explicação do sucesso brasileiro em armas pequenas foi a simbiose do Estado com a iniciativa privada para captar tecnologias ou processos no exterior e difundir os mesmos no mercado internacional.
Um dos símbolos desse padrão são as pistolas Taurus baseadas no modelo Beretta 92”, destaca Purcena.

Posse

Quanto à posse de armas leves no Brasil, o estudo também observa grande heterogeneidade dentro dos Estados do país.
Enquanto em grandes metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, predominam as pistolas, em regiões agrárias (como Roraima e Mato Grosso) os revólveres e fuzis são mais comuns.
Por isso, a pesquisa alerta que políticas de controle devem considerar essas diferenças regionais.
Em comum, é possível verificar em todos os Estados brasileiros “o pobre e inadequado registro das armas leves”: 57% das armas em circulação no país são ilegais.
De acordo com o estudo, quem tem a posse da maior parte dessas armas são criminosos ou indivíduos que compram os artefatos no mercado informal para uso privado.(www.ilanud.org.br)

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

quinta-feira, 7 de novembro de 2019 Brasil muda posição histórica e vota contra resolução que condena embargo a Cuba

Brasil muda posição histórica e vota contra resolução que condena embargo a Cuba na ONU

Como acontece todo ano, a resolução foi aprovada com a grande maioria dos votos: 187. Apenas Brasil, Israel e os Estados Unidos votaram contra. Chanceler Ernesto Araújo acusa Cuba de ser 'principal esteio do regime Maduro na Venezuela'.





O Brasil votou contra uma resolução da Organização das Nações Unidas que condena e pede o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, alterando uma posição diplomática adotada desde 1992, quando se votou pela primeira vez pela condenação ao embargo.
A resolução foi votada nesta quinta-feira (7) na plenária da Assembleia-Geral da ONU e foi aprovada por 187 votos a favor, 3 contra, e 2 abstenções. Além do Brasil, os únicos países que votaram contra a resolução foram Israel e os próprios Estados Unidos. Colômbia e Ucrânia se abstiveram.
A mudança da posição brasileira segue o princípio de alinhamento do governo de Jair Bolsonaro com o do presidente dos EUA, Donald Trump. O G1 pediu ao Itamaraty detalhes sobre o voto do Brasil e não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que "o Brasil votou a favor da verdade" e que "nada nos solidariza com Cuba".
"O regime cubano, desde sua famigerada revolução 60 anos atrás, destruiu a liberdade de seu próprio povo, executou milhares de pessoas, criou um sistema econômico de miséria e, não satisfeito, tentou exportar essa 'revolução' para toda a Am Latina", escreveu.

 Araújo também afirmou que Cuba "é hoje o principal esteio do regime Maduro na Venezuela, o pior sistema ditatorial da história do continente".
"Desse modo, Cuba está por trás da opressão aos venezuelanos, da catástrofe humanitária, da tortura, da migração forçada de 1/6 da população do país", acrescentou.
A resolução condenando o embargo é apresenta pela Assembleia-Geral desde 1992. Em 2018, foi aprovada por 189 países, com votos contrários apenas dos Estados Unidos e de Israel, e sem os votos de Moldávia e Ucrânia.
Bolsonaro tem criticado a política anterior do Brasil em relação a Cuba e disse que iria investigar empréstimos do Brasil à ilha. Em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, o presidente brasileiro afirmou que um plano de Castro, Hugo Chávez e Lula para estabelecer o socialismo na América Latina ainda está vivo e precisa ser combatido.

O que é o embargo econômico a Cuba?


Turistas nas escadarias do Capitólio de Cuba, em Havana, em foto de 14 de agosto — Foto: AP Photo/Desmond Boylan
Turistas nas escadarias do Capitólio de Cuba, em Havana, em foto de 14 de agosto — Foto: AP Photo/Desmond Boylan
O embargo que os EUA mantêm contra Cuba impede a maioria das trocas comerciais. Por meio de duas leis, uma de 1992 e outra de 1996, Washington proíbe envio de alimentos ao país caribenho (exceto em casos de ajuda humanitária) e torna passível de punição judicial empresas nacionais e estrangeiras que tenham relações financeiras com a ilha.
De forma mais ampla, o embargo econômico norte-americano a Cuba existe desde 1962. As primeiras medidas começaram antes mesmo, em 1960 – um ano após Fidel Castro tomar o poder.
O embargo é renovado anualmente por uma legislação que data de 1917 chamada Lei de Comércio com o Inimigo. Ela deu origem, em 1963, ao embargo contra a ilha comunista, conhecido oficialmente como "Regulação de Controle dos Bens Cubanos".
O governo de Barack Obama (2009-2017) chegou a reatar relações com Cuba e, em votação histórica, os EUA se abstiveram na sessão na ONU sobre condenação ao embargo. No mandato de Trump, porém, as sanções ao país comunista foram ampliadas.

FONTE: GLOBO