Presidente da Assembleia de Deus dos Ultimos Dias no RJ, em 2013, o pastor Marcos Pereira foi levado ao presídio de Bangu 2, onde ficou preso por mais de um ano.
Entre as acusações, ligação com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, cárcere privado, encomenda de quatro assassinatos, roubo de cargas e SETE ESTUPROS.
Segundo investigação do MP à época, o número podia chegar à vinte vítimas, todas fiéis de sua igreja, algumas menores de idade.
"Precavido", segundo relatos colhidos pelo MP, o pastor teria um médico de confiança à disposição para praticar abortos caso alguma de suas vítimas engravidasse.
Dos quatro assassinatos de que é acusado de ser mandante, uma foi uma fiel que ameaçou denunciar os estupros períodicos que sofria. Segundo testemunhas ouvidas pela investigação da Delegacia de Combate às Drogas, os outros três seriam homens que teriam filmado orgias das quais Marcos Pereira participou, envolvendo sexo tanto com mulheres como com homens, o que comprometeria a imagem de pastor evangélico.
Marcos Pereira é o cara que está no centro desta foto.
Você pode pensar que Bolsonaro (a quem "bandido bom é bandido morto") talvez não soubesse quem é Marcos Pereira.
Mas a foto que você vê abaixo não é de 2013. É de outubro de 2015.
É de 2013, no entanto, uma movimentação estranha que adentrou o escritório do então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
Na ocasião, 17 deputados - incluindo Feliciano, Garotinho, Pastor Eurico e Bolsonaro - vieram solicitar a federalização das investigações, colocando o pastor em Foro Privilegiado.
Cardozo negou o pedido.
No mesmo ano, Bolsonaro encabeçou uma viagem de deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara ao Rio, sendo recebidos pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e pela chefe de Polícia Civil, Martha Rocha. O motivo da viagem, que também passou pelo Ministério Público, era pedir que o pastor Marcos Pereira respondesse em liberdade.
Por fim, um ano depois, no final de 2014, após intensa movimentação da bancada evangélica, o ministro do STF Marco Aurelio de Mello, por liminar, concede liberdade condicional ao pastor.
Marcos Pereira foi beneficiado pelo fato de boa parte dos crimes dos quais era acusado serem anteriores à lei 2015/09, que trata de crimes sexuais. A lei anterior só permitia processar o criminoso sexual se o crime fosse denunciado pela vítima em representação formal e tivesse ocorrido nos SEIS MESES anteriores. Sim, prescrevia.
Marcos Pereira não só foi posto em liberdade com a ajuda da bancada evangélica como continuou recebendo o seu apoio nos meses que se seguiram, como mostra a foto.
Lembre disso sempre que alguém disser que Bolsonaro é contra bandidos, contra o aborto e tem propostas para aumentar a punição para estupradores.
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