domingo, 21 de fevereiro de 2016

Haddad é a favor de aproximação entre PT e PSDB

PT e PSDB tornaram-se prisioneiros de uma incoerência. Na oposição, prometem o novo. No poder, aliam-se às forcas mais arcaicas da política brasileira. O prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, frequenta a cena como uma vistosa exceção.

Em entrevista ao blog, Haddad falou sobre a amizade que nutre por FHC, a boa relação institucional que mantém com o governador paulista Geraldo Alckmin e a parceria que estabeleceu com o tucanato nos sete anos em que foi ministro da Educação. Ele defende uma aproximação do governo petista com a oposição tucana para a elaboração de uma agenda comum no Congresso.
“A política não é guerra —ou pelo menos não deveria ser”, disse o prefeito. “Política é um embate de ideias. Eu divirjo de muitas coisas que o Alckmin faz. Ele provavelmente diverge de muitas coisas que eu faço. Mas nós mantemos uma relação institucional a mais profícua. É possivel, dentro das nossas diferenças, construir uma agenda comum.”
Haddad prosseguiu: “Fernando Henrique é decano do meu departamento. É professor emérito do departamento onde eu dou aula. Sou professor no mesmo departamento da USP que ele. Temos dezenas de amigos em comum. Alguns desses amigos nos aproximaram, sem nenhuma intenção política.”
Haddad trata o arquival de Lula e do PT com deferência inaudita: “É um intelectual, teve projeção na academia internacionalmente. É uma pessoa que tem bons livros, livros que eu li. Ajudaram na minha formação. Tenho certeza que ele tem também respeito intelectual por mim.”
Há cinco meses, Haddad e FHC foram juntos ao Theatro Municipal de São Paulo para assistir a uma ópera de Puccini. E a relação entre ambos encorpou-se: “Já jantamos juntos. Já nos encontramos no Institiuto FHC, fiz questão de visitá-lo quando mudei pra cá, por assim dizer. Ele é praticamente vizinho da prefeitura. Não tem cabimento esse tipo de hostilidade pessoal.”
O prefeito diz considerar “a política brasileira muito imatura. A tal ponto que afugenta os jovens com vocação para a vida pública. “Estamos cultivando uma ojeriza à política. Sem política, não haverá transformação para melhor do mundo. A política, como a arte e a ciência, é a mola de propulsão da transformação para melhor. O problema é que a política, como a ciência, pode destruir também. Você pode, pela ciência, criar uma bomba. Pela política também se pode criar destruição. Mas são instrumentos de transformação. Isso tem que ser utilizado para o bem. Nós estamos sinalizando o que tem de pior. Nós estamos falando: ‘olha, não vale a pena isso aqui!’”
A certa altura, Haddad relatou o exemplo de uma parceria bem sucedida que foi capaz de estabelecer entre PT e PSDB: “Fui durante quase sete anos ministro da Educação. Meu antecessor mais longevo foi o Paulo Renato [já morto], que foi ministro do governo Fernando Henrique por oito anos. Éramos amigos. Sentávamos para discutir política educacional.”
Com uma ponta de satisfação, Haddad perguntou: “Sabe quantas vezes o PSDB votou contra um projeto do MEC? —e foram 50 projetos de lei e duas emendas constitucionais —sabe quando o PSDB votou contra um projeto do MEC na minha gestão? Nunca! Porque eu recebia a bancada do PSDB, eu ajustava o texto, eu pactuava acordos. Eu falava: isso aqui não é uma agenda do PT, é uma agenda do país. Acho que está faltando muito disso no Brasil. As pessoas estão levando a política para um lado destrutivo, um lado de anular o adversário, e não de derrotá-lo na eleição.”

FONTE: BLOG DO JOSIAS

PSOL é único partido da Câmara dos Deputados Federais sem ligação com empreiteiras investigadas na Lava Jato

PSOL é único partido da Câmara dos Deputados Federais sem ligação com empreiteiras investigadas na Lava Jato

A investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em curso atualmente, vem quebrando um esquema que liga a participação de grandes empreiteiras em obras públicas com financiamentos milionários de campanhas eleitorais.

Segundo a investigação, as empresas formavam um cartel (ou “clube”) de desvios de recursos da Petrobras, por meio de contratos superfaturados, pagamento de propina aos “operadores” e financiamentos ilegais de partidos, que teria como destino o pagamento de campanhas eleitorais. O esquema teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

Entre os partidos com representação na Câmara dos Deputados, o PSOL é o único sem qualquer tipo de envolvimento com as empreiteiras, já que veta expressamente o financiamento dessas empresas em seu estatuto. Todos os outros demais partidos foram, direta ou indiretamente, financiados por elas, contabilizando mais de 300 parlamentares eleitos com o dinheiro das empreiteiras, sendo 255 diretamente pelas investigadas.

A Lava Jato já resultou na prisão de diversos executivos das empresas citadas no esquema, bem como o contingenciamento financeiro de suas contas bancárias. Assim, dessa vez foram punidos também os corruptores, embriões dos escândalos de corrupção e grandes operadores do esquema.

As empresas são nove ao todo, constando alguns nomes conhecidos, como a Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa, dentre outras. Juntas, elas têm contratos com a Petrobras da ordem de quase 60 bilhões de reais. Além disso, elas têm participação em grandes obras da Copa do Mundo, das Olimpíadas, do metrô em São Paulo, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da privatização dos aeroportos, da Transposição do Rio São Francisco, entre outras.

Essas mesmas empresas bateram recordes de financiamento de campanha neste ano. A Odebrecht, por exemplo, financiou quase R$ 3 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), R$ 2 milhões para a de Aécio Neves (PSDB) e mais de R$ 500 mil para o PSB, com Eduardo Campos e, posteriormente, Marina Silva. E não param por aí. Contando candidatos a todos os cargos, a Camargo Corrêa, por exemplo, doou mais de R$ 50 milhões ao todo; a Odebrecht, R$ 30 milhões, e a UTC, R$ 34 milhões.

“Sujo e mal lavado”
A investigação fez com que os partidos da base do governo passassem a acusar de envolvimento no escândalo os da oposição de direita – e vice-versa. Na prática, porém, é (como disse durante a campanha Luciana Genro, candidata do PSOL à Presidência em 2014) “o sujo falando do mal lavado”, já que estão todos envolvidos. E, de certa forma, todos corretos em suas respectivas acusações.

O caso expressa bem o que foi defendido pelo PSOL na campanha recente: o fim da corrupção virá apenas com uma profunda Reforma Política, que tenha como base a proibição do financiamento privado, o fortalecimento do financiamento público e o fim das negociatas das coligações partidárias proporcionais.

Em artigo recente publicado no site da revista “CartaCapital” (“Os sentidos da Operação Lava Jato: devolve, Gilmar!”), o deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ) defendeu que o caso pode se tornar uma ótima oportunidade para se debater seriamente a corrupção no Brasil. Ele também cobra do ministro Gilmar Mendes, do STF, que devolva o processo da Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela OAB sobre o financiamento privado de campanhas eleitorais. A Adin já tem maioria de votos favoráveis no plenário, mas o ministro pediu vistas do processo em abril e, até hoje, não devolveu.

“Se quisermos que a corrupção deixe de ser, apenas, o tema favorito das manchetes de jornal, e passe a ser combatida de forma realista e eficaz, sem hipocrisia, precisamos produzir reformas estruturais no sistema político e econômico e não apenas fazer julgamentos morais partidarizados”, afirma Jean. “Precisamos cortar um dos principais rios de dinheiro que corrompe a política e, ao mesmo tempo, diminui o poder dos eleitores, transformando os governos e o Congresso em reféns dos interesses de um pequeno grupo de empresários com negócios bilionários.”

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

PSOL pode lançar mulher como candidata à prefeitura de Feira de Santana

PSOL pode lançar mulher como candidata à prefeitura de Feira




Candidatura da professora Sinidea Pedreira está sendo discutida

O PSOL de Feira de Santana pode lançar a professora Sidinea Pedreira como candidata à prefeita do município em 2016. Este nome seria em substituição ao também professor Jonatas Monteiro, que já foi candidato a prefeito e deputado estadual, com votações expressivas. A professora falou a respeito desta possibilidade, mas deixou claro que o partido ainda não chegou a um nome definitivo para o pleito.

“Por que não uma mulher candidata à prefeitura de Feira de Santana? Se formos avaliar o histórico da cidade, de candidaturas, de participação de mulheres no cenário político de Feira de Santana vamos ver uma presença quase invisível das mulheres”, afirmou.

A professora pediu que as pessoas possam refletir a respeito da mulher estar inserida dentro deste contexto. “Aproveito para lançar essa pergunta à todos: será que uma mulher não tem capacidade para governar essa cidade? As pessoas devem refletir”, pontuou.

Apesar de levantar a bandeira da participação mais efetiva da mulher na política, Sidinea ressalta que o PSOL ainda não definiu o nome do candidato. “Estou aberta como todo mundo do PSOL está, nossas decisões são feitas de forma democrática, ainda estamos discutindo as eleições. Desde o ano passado, já fizemos duas plenárias, e claro que o meu nome é um nome possível, mas o nome mais cogitado por já ter sido candidato é o do Jonatas com certeza, mas o PSOL tem outros nomes”, destacou.

A professora informou ainda que a decisão será divulgada oficialmente no final do mês de abril. “O fato é que o PSOL ainda não votou, não temos uma decisão final, porque ainda estamos nas plenárias. Teremos mais uma plenária no dia 20 de fevereiro, onde vamos continuar discutindo o perfil dos candidatos e as conjunturas locais, e no final de abril vamos estar divulgando oficialmente o nome do candidato ou da candidata a prefeitura de Feira de Santana”, salientou.

FONTE:  BOM DIA FEIRA

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Partido da Mulher Brasileira tem 21 deputados e apenas uma deputada

Recém-criado, Partido da Mulher Brasileira tem 21 deputados e apenas uma deputada

Com apenas quatro meses de existência a legenda atraiu dissidentes de 12 legendas
Com apenas quatro meses de existência formal, desde o registro pelo TSE em 29 de setembro de 2015, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) já está entre os dez maiores partidos da Câmara dos Deputados em número de parlamentares, com 21 deputados, ao lado do DEM, com o mesmo número de parlamentares. 
Apesar de ter sido fundado por uma mulher, a nordestina e militante social Suêd Haidar, o partido tem hoje 21 deputados na Câmara e apenas uma deputada, a mineira Dâmina Pereira. 
Levantamento realizado pelo R7 mostra os dez maiores partidos da casa após as eleições de 2014 e o novato PMB
Em sua página na internet, o partido coloca a defesa da muher como a sua princial bandeira: "Em suas pretensões, o PMB pretende impulsionar a política nacional de forma a determinar a busca dos seus principais eixos de luta como a valorização social, moral, profissional e política da mulher, bem como a integração da sociedade, visando alcançar por meio de medidas econômicas, sociais e políticas, o desenvolvimento nacional sem o caráter excludente e/ou discriminatório de quem quer que seja."
Como orientação partidária o partido se coloca como centro-esquerda "com um posicionamento de centro entre o Capitalismo e o Socialismo com uma tendência maior ao socialismo, ou seja, esquerda". 
Apesar de ser voltado para a mulher o partido acabou atraindo deputados insatisfeitos com seus partidos e que viram na criação de um novo partido a oportunidade de mudar sem perder o mandato. 
Desde o registro do TSE, o PMB atraiu dissidentes do PT (3 deputados) e de outras dez legendas: PSDC, PRP, PV, PTB, PTC, PMN, SD, PDT e PMDB. Apesar de ser o Partido da Mulher Brasiliera, o PMB tem apenas uma deputada, a mineira Dâmina Pereira.
O PMB, recebeu ainda deputados do PROS, incluindo o líder do partido Domingos Neto, do Ceará.
FONTE: R7

PSOL, PR, PT e Rede pedem afastamento de Cunha

PSOL, PR, PT e Rede pedem afastamento de Cunha ao STF

Pedido dos deputados afirma que Cunha exerce a presidência da Casa em benefício privado
Parlamentares enumeraram três motivos para justificar o pedido de afastamento de CunhaDida Sampaio/Estadão Conteúdo
Um grupo de deputados da Rede Sustentabilidade, do PSOL, do PR e do PT entregaram na noite desta quarta-feira (3), ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, um ofício em que defendem o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 
O documento é assinado por Chico Alencar, Jean Wyllys e Glauber Braga (todos do PSOL - RJ), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Ivan Valente (PSOL-SP), Alessandro Molon (Rede-RJ), João Derli (Rede-RS), Aliel Machado (Rede-PR), Eliziane Gama (Rede-MA) e Clarissa Garotinho (PR-RJ). Além destes, compareceram ao Supremo o deputado Henrique Fontana (PT-RS), que não assina o ofício. 
Na peça, os parlamentares enumeraram três motivos para justificar o pedido: as contas de Cunha no exterior investigadas na Lava Jato; suas declarações supostamente falsas à CPI da Petrobras, e as manobras adotadas por ele para interferir nos trabalhos do Conselho de Ética da Casa, que analisa um pedido que pode cassar seu mandato. 
De acordo com os deputados, os três itens revelam que Cunha exerce a presidência da Casa em benefício privado, para autoproteção em investigações e usufrutos inconstitucionais. 
— Por estas razões, estamos certos de que o Deputado Federal Eduardo Cunha não deve continuar ocupando a cadeira de presidente da Câmara dos Deputados.
De acordo com o grupo, a influência de Cunha sobre parlamentares impede que o interesse público prevaleça nos trabalhos da Câmara. O ofício se soma ao pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) de afastamento de Cunha da presidência da Câmara e de perda do mandato como deputado.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, elenca "11 atos" que justificam o requerimento, que foi protocolado no fim do ano passado. Entre eles, além de mencionar os três itens citados pelos deputados, Janot menciona a pressão exercida pelo peemedebista para intimidar adversários. O pedido, sob a relatoria de Teori Zavascki, poderá ser analisado ainda em fevereiro.

OAB vai ao Supremo contra aposentadoria vitalícia de ex-governadores

Quatro ex-governadores recebem pensão vitalícia
O Plenário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, por unanimidade, ingressar no Supremo Tribunal Federal com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o benefício vitalício pago pela Bahia a seus ex-governadores. Segundo o presidente da OAB Claudio Lamachia, o objetivo da ação é suspender o pagamento dos benefícios, mas não a devolução dos valores já recebidos. “A OAB entende que o mandato é transitório, não sendo admissível privilégios vitalícios a partir dele”, afirma o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil. O questionamento sobre a aposentadoria vitalícia dos ex-mandatários do Executivo baiano foi levado ao plenário da Ordem nesta segunda,1. A autorização para o pagamento foi aprovada em 2014 pela Assembleia Legislativa da Bahia como Emenda à Constituição do Estado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Documentos apreendidos pela Lava Jato na Camargo Correa citam ACM Neto e PT

Documentos obtidos pela Polícia Federal na sede da empreiteira Camargo Correa, em São Paulo, no último dia 14 de novembro, trazem nomes de políticos relacionados a valores em dólares, de acordo com reportagem do Estado de S. Paulo. A planilha faz menção ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), com duas marcações, de US$ 100 mil e, em caneta, US$ 300 mil. O PT da Bahia também aparece nos documentos divulgados pelo Estadão, com a rubrica de US$ 450 mil. A tabela apreendida, todavia, não fez parte de análise por parte da Polícia Federal, por constar nomes como foro privilegiado, como do vice-presidente da República, Michel Temer, deputados federais, como Gabriel Chalita (PMDB), Arlindo Chinaglia (PT) e Mario Covas Neto (PSDB). Não há nenhuma menção nas planilhas encontradas na empreiteira a um suposto caixa 2 ou pagamento de propinas. São nomes lançados ao lado de valores. No caso de ACM Neto, apesar da planilha trazer o título “Doações campanha de 2012”, na prestação de contas do prefeito não constam doações diretas da Camargo Correa. Já o PT baiano também não apresentou a empreiteira como doador da campanha do candidato do partido em Salvador, Nelson Pelegrino, ou para o diretório estadual/ municipal da sigla. Clique nas imagens para ampliar.

FONTE: BAHIA NOTICIAS